Mais de 30 mil pessoas já foram afetadas por chuvas na Região Sul

A previsão é que a chuva continue com mais intensidade no Paraná e em

Publicado em 15/07/2015 - 11:25 Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Tempestade destrói casas no Paraná (Divulgação/Defesa Civil do Paraná)

Para hoje, o Imet emitiu alerta de perigo para a Região Sul,devido ao acumulado de chuvas, riscos de alagamento, deslizamento de encostas, incidência de descargas elétricas e queda de granizoDivulgação/Defesa Civil do Paraná

Mais de 30 mil pessoas foram afetadas pelos temporais que vêm atingindo a Região Sul desde a última sexta-feira (10), segundo a Defesa Civil dos três estados (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

A previsão é que as chuvas continuem hoje (15), com mais intensidade no Paraná e em Santa Catarina. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alerta de grande perigo para os estados devido ao acumulado de chuvas e risco de alagamentos, deslizamento de encostas, incidência de descargas elétricas e granizo.

No Paraná, 24.653 mil pessoas foram afetadas em 44 municípios, 248 estão desalojadas ou desabrigadas. Uma pessoa morreu e 71 ficaram feridas; mais de 3 mil casas foram danificadas e 11, destruídas.

O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) confirmou ontem (14) a formação de um tornado na noite de segunda-feira (13) em Francisco Beltrão. Uma supercélula ganhou força e chegou ao município com intensidade compatível à de tempestade extrema, configurando o mesociclone – ar que sobe e gira em torno de um eixo vertical de aproximadamente 2 a 10 quilômetros de diâmetro. Conforme o radar meteorológico do Simepar em Cascavel, as rajadas de vento estimadas chegaram a 120 quilômetros por hora. O Simepar ressaltou que tornados não ocorrem com frequência na nossa climatologia e que outras formações podem ser tão intensas quanto essa.

Em Santa Catarina, as chuvas afetaram 2.870 pessoas em 45 municípios – 64 estão desalojadas ou desabrigadas. Oito pessoas ficaram feridas e duas morreram. De acordo com a Defesa Civil do estado, mais de 900 estruturas foram danificadas ou destruídas, entre residências, edificações públicas e infraestruturas e o abastecimento de água está comprometido, devido ao excesso de terra e galhos de árvores trazidos pelos rios, o que prejudica as captações de água em 13 municípios.

Há risco de inundações no Rio Uruguai, cujo nível, em Itapiranga, atingiu o pico hoje em 11,48 metros (m) e está baixando lentamente. A Defesa Civil alertou para maiores riscos de alagamento e inundações nos municípios de Maravilha, Chapecó, Xaxim e arredores, onde foram registrados os maiores acumulados de chuva nas últimas horas.

No Rio Grande do Sul, o número de pessoas afetadas subiu para 3,18 mil 36 municípios, das quais 684 estão em abrigos. As chuvas permanecem nas regiões nordeste, serra e litoral norte do estado. Segundo o governo estadual, a situação é mais crítica em Esteio, onde a prefeitura decretou situação de emergência. Os municípios de Rolante e Riozinho também estão em situação de emergência.

A previsão de aumento da vazão do Rio Uruguai acarreta uma preocupação extra com os municípios gaúchos de Iraí, São Borja, Uruguaiana, Itaqui e Barra do Quaraí.

Edição: Valéria Aguiar

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