Parque Nacional da Tijuca completa 54 anos com exposições, passeios e oficinas

Publicado em 05/07/2015 - 17:31 Por Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

 

Louva-Deus raro foi fotografato por Alberto Peterson

Louva-Deus raro foi fotografato por Alberto PetersonAlberto Peterson/Divulgação

As comemorações dos 54 anos do Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, começaram neste domingo (5), com palestras, oficinas, passeios em trilhas e uma exposição de fotografias. De manhã, foi oferecida uma Oficina de Manejo de Trilhas e, à tarde, após a posse dos conselheiros (titulares e suplentes), foram cantados os parabéns com direito a bolo.

Funcionário do parque há mais de cinco anos, o monitor ambiental Alberto Peterson de Almeida contribuiu com as fotos para a exposição inaugurada no Centro de Visitantes. Em seus passeios pelas trilhas, ele conseguiu registrar preciosidades da flora e da fauna da maior floresta urbana do mundo replantada pelo homem.

“Pelo tempo que a gente passa lá dentro, vamos a lugares que poucas pessoas vão e temos mais chances de ver alguns bichos com pouco movimento de pessoas, como as cobras”, comentou ao citar a foto que tirou de um louva-deus amarelo. “Nem sabia que existia, nunca tinha visto um louva-deus dessa cor.”

A data foi comemorada por um grupo que frequenta o parque mensalmente para atividades de meditação e dança. Maçãs e sementes típicas do ecossistema da Mata Atlântica foram entregues aos visitantes à tarde.

“Somos cerca de 40 pessoas e estamos aqui todo o primeiro domingo do mês, na Floresta da Tijuca, fazendo um trabalho em prol da natureza e para nos reabastecer de energia para enfrentar tudo lá fora”, explicou a idealizadora do grupo, a terapeuta holística Vera Lúcia Alves de Oliveira.

Muitos visitantes não sabiam do aniversário, como o casal Ricardo e Luciana Félix. Eles trouxeram o filho Ricardinho, 9 meses, pela primeira vez ao parque. Ela conta que vinha muito na infância com a família e pretende fazer o mesmo com o filho.

“Vinha muito quando era criança e tenho ótimas recordações. E sempre falo que vinha tanto quando era criança e depois de grande parei de vir. Agora com o filhinho, vamos voltar a frequentar”, disse Luciana.

O parque tem mais de 4 mil hectares e inclui o Morro do Corcovado, uma das áreas mais visitadas do país, onde fica a estátua do Cristo Redentor. A estimativa é que mais de 3 milhões de pessoas visitem o parque anualmente.

O espaço oferece desde áreas para piquenique e churrascos, voo livre e escalada. Em 1861, D. Pedro II iniciou processo de desapropriação de chácaras e fazendas para reflorestar a região, quase toda devastada pela extração de madeira e plantação de café.

Edição: Beto Coura

Últimas notícias