Rio: governo age para garantir segurança de moradores do Minha Casa, Minha Vida

Publicado em 05/08/2015 - 18:24 Por Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Os próximos empreendimentos do Programa Minha Casa, Minha Vida, em todo o país terão que passar por uma análise criteriosa da Secretaria de Segurança Pública local para serem aprovados e construídos. Um estudo será feito para verificar se os locais destinados aos imóveis têm estruturas de segurança pública, como delegacias e efetivos policiais suficientes na região.

Segundo a assessoria do Ministério da Justiça, na próxima semana, o ministro José Eduardo Cardozo viajará ao Rio para finalizar os detalhes das ações de segurança desses empreendimentos, depois de uma série de incidentes envolvendo homens armados e tráfico de drogas em condomínios do programa na cidade.

Na semana passada, moradores do Conjunto Residencial Radialista Haroldo de Andrade, em Barros Filho, zona norte, inaugurado em 2014, denunciaram à polícia que traficantes de favelas vizinhas expulsaram moradores dos apartamentos e vendiam drogas dentro do condomínio.

No início do mês, 40 famílias do Residencial Guadalupe, na zona norte do Rio, informaram  à Secretaria Municipal de Habitação ter deixado os imóveis devido à presença de homens armados e à venda de drogas na área. Antes da conclusão das obras, no ano passado, famílias da favela vizinha ao condomínio invadiram os apartamentos. A Polícia Militar desocupou o local dias depois.

De acordo com a Polícia Civil, a 39ª Delegacia de Polícia (Pavuna) apura o tráfico de drogas na região e as investigações correm sob sigilo. A Polícia Militar informou que o patrulhamento nas localidades está intensificado e destacou a importância de ser feito o registro de ocorrência na delegacia para ajudar no policiamento. Denúncias sobre localização de criminosos, armas e drogas podem ser feitas também pelo 190 e pelo Disque-Denúncia (2253-1177), com anonimato garantido.

Mais de 66 mil unidades habitacionais no Rio de Janeiro foram contratadas na Caixa Econômica Federal. O programa tem como meta a construção de moradias para famílias que ganham até R$ 5 mil, com prioridade para as que ganham até R$ 1,6 mil – faixa que concentra 90,9% do déficit habitacional.

Edição: Jorge Wamburg

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