Monumento homenageia vítimas de chacina em escola de Realengo

No dia 7 de abril de 2011, um ex-aluno entrou armado na escola e matou

Publicado em 20/09/2015 - 11:50 Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Monumento homenageia 12 crianças e adolescentes mortos por um atirador na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo

Monumento reúne esculturas de bronze das vítimasRepórter Vitor Abdala

Um monumento em homenagem às 12 crianças e adolescentes mortos por um atirador na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, foi inaugurado na manhã de hoje (20) em uma praça nos fundos do colégio. A chacina aconteceu no dia 7 de abril de 2011, quando um ex-aluno da escola entrou armado na unidade e matou os estudantes, todos com idade entre 12 e 15 anos.

O monumento, construído a pedido das famílias das vítimas, agrupa as esculturas de bronze de 11 crianças e adolescentes, com 1,5 metro de altura. Uma borboleta representa a 12 a vítima, já que a família pediu para que o rosto da criança não fosse reproduzido no memorial.

Tia da menina Karine Lorraine, Ana Paula dos Santos diz que o tempo que se passou desde a tragédia não foi suficiente para diminuir a dor da perda de sua sobrinha, que tinha 14 anos quando foi morta.

“As pessoas falam: 'com o tempo passa'. Para quem não está vivenciando isso na família passa, passa rápido. Mas, para a gente que convive ali, no dia a dia, sabendo que ela não vai mais chegar, não vai mais te ligar, você não vai mais ouvir a voz, você não vai mais ver, isso é como se fosse ontem”, disse.

Para o hoje subtenente Márcio Alves, que entrou na escola durante a chacina, confrontou o atirador e impediu que o número de mortos fosse maior, o monumento é uma bela homenagem às crianças. “Toda homenagem para eles é válida. Seria melhor se fosse uma homenagem com eles vivos, mas, pelo sofrimento que essas famílias passaram, tudo é válido para elas”, afirmou.

Em um discurso, durante a inauguração, Adriana Maria, mãe de Luiza Paula, que tinha 14 anos quando morreu, disse que o monumento não deve ser encarado como algo que lembre a dor e o sofrimento, mas sim como um pedido de paz.

Edição: Juliana Andrade

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