Quase 14 mil entidades de assistência social privadas atuam no Brasil

Proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa

Publicado em 30/09/2015 - 10:07 Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
Atualizado em 30/09/2015 - 15:39

Adolescentes (Marcello Casal/Agência Brasil)

Proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa é o foco de 6,6% das instituições sociaisMarcello Casal/Arquivo/Agência Brasil

O país tem 13.659 unidades prestadoras de serviços de assistência social privadas em atividade. Os dados são da Pesquisa de Entidades de Assistência Social Privadas sem Fins Lucrativos no Brasil (Peas) 2014-2015, do Instituto Brasileito de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada hoje (30).

Três em quatro dessas entidades (75,4%) têm como um de seus objetivos o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos, ou seja, são voltadas para incentivar, por exemplo, a socialização e a convivência familiar e comunitária. A defesa e garantia dos direitos são o foco de 21,5% das entidades, os serviços de proteção especial para deficientes e idosos são os objetivos de 21% e o acolhimento institucional é o alvo de 20,5% delas.

Outras ações executados por essas unidades são serviço de proteção básica para idosos e deficientes (14,4%), abordagem social (6,9%), proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa (6,6%), proteção em situação de calamidades públicas e de emergências (5%) e serviço especializado para pessoas em situação de rua (4,1%). Essa soma resulta em mais de 100% porque algumas entidades promovem mais de uma atividade.

São Paulo é o estado que mais concentra intituições de assistência social (28,7%), seguido de Minas Gerais (17,1%), Paraná (10,8%), do Rio Grande do Sul (8,5%), de Santa Catarina (6,6%), do Rio de Janeiro (5,1%) e da Bahia (3,7%). Acre, Amapá e Roraima são os locais com menos entidades.

As atividades de convivência e fortalecimento de vínculos têm como principal público-alvo as crianças e adolescentes de 7 a 14 anos, já os serviços de acolhimento institucional são mais voltados aos idosos (65,5%) e os de serviço especializado para pessoas em situação de rua para aquelas entre 18 e 59 anos (76,2%).

Auxílio

Entre os tipos de auxílio oferecidos pelas entidades de assistência social, a maior parte (82,3%) oferece alimentação, 48,9% doam benefícios por conta da própria instituição e 15,7% ofertam benefícios eventuais financiados ou regulados pelo Estado, por meio da Lei Orgânica de Assistência Social.

Entre as instituições que oferecem benefícios por conta própria, 76,2% doam agasalhos, roupas, cobertores e móveis; 48,6% doam fraldas; 41,6%, material escolar e esportivo; 39,6%, aparelhos ortopédicos, próteses e cadeiras de rodas e 38,2%, medicamentos e vacinas.

Em relação ao vínculo empregatício, 77,1% empregam voluntários, 68,1% têm funcionários contratados, 29,8% contratam prestadores de serviços, 25,4% empregam funcionários cedidos e 22,4% têm estagiários.

Em relação à especialidade dos profissionais, 63,8% das entidades têm psicólogos no quadro profissional. Outras especialidades que figuram em grande número são pedagogos (empregados em 54,2% das entidades), psicólogos (52%), contadores (26,8%), administradores (25,3%), enfermeiros (24%) e médicos (23,6%).

 

*A matéria foi atualizada às 15h45 para retirada de informação. A reportagem fez a comparação entre o estudo divulgado hoje e o de 2013, porém os levantamentos têm metodologia diferentes e não poderiam ser comparados.

Edição: Talita Cavalcante

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