Servidores da Previdência, Saúde e Trabalho aceitam proposta do governo

Publicado em 30/09/2015 - 19:09 Por Mariana Branco – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Os servidores da Previdência, Saúde e Trabalho, que formam uma carreira única, aceitaram a proposta do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão de reajuste de 10,8% dividido em dois anos. A oferta é padrão para o funcionalismo federal. Nos moldes do ajuste fiscal anunciado pelo governo, a primeira parcela do reajuste, está prevista para agosto de 2016 em lugar de janeiro, como acontece tradicionalmente. A segunda parcela será paga em janeiro de 2017. 

A primeira parcela do ajuste será de 5,5% e a segunda de 5%. O aumento acumulado em dois anos chegará a 10,8%, porque a segunda parcela incidirá sobre o valor do salário já reajustado. O entendimento aconteceu após reunião hoje (30) da Secretaria de Relações do Trabalho do Planejamento com a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (Fenasps) e Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS).

Segundo o secretário-executivo da Condsef, Sérgio Ronaldo da Silva, durante as negociações, o governo alegou a impossibilidade de ir além do que foi ofertado em função do ajuste fiscal. "Não tivemos outra saída a não ser fechar agora e ver como resolvemos os demais pontos pendentes no futuro", declarou.

De acordo com ele, entre as reivindicações não contempladas dos trabalhadores está a reestruturação de carreira. "Uma das principais pautas é a reestruturação, a gratificação de qualificação. Nesse momento não foi possível. Está garantido que vai ser criado um comitê entre entidades e governo para debater", disse.

Silva informou ainda que a partir de segunda-feira, servidores vinculados aos ministérios da Saúde e do Trabalho ainda em greve devem retomar as atividades.  "O encaminhamento que demos com o Planejamento é que, a partir de segunda-feira, todo o movimento retorna. Alguns já voltaram", afirmou.

Além do aumento de 10,8%, a proposta do Planejamento prevê reajuste do auxílio-alimentação de R$ 373 para R$ 458 e do auxílio creche de R$ 73 para R$ 321. De acordo com o ministério, as altas acompanham a inflação no período em que os benefícios ficaram congelados. A pasta confirmou que houve entendimento esta tarde com as entidades sindicais representantes dos servidores.

Edição: Maria Claudia

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