Operação policial prende seis suspeitos de participar da Chacina de Osasco
O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, confirmou há pouco a prisão de cinco policiais militares e de um integrante da Guarda Civil Metropolitana de Barueri, suspeitos de terem participado da Chacina de Osasco no dia 13 de agosto. Os mandados de prisão foram cumpridos às 6h, depois de autorização da Justiça. Moraes informou ainda que outros participantes estão sendo investigados, mas não quis dar mais detalhes.
“Era absoluta prioridade do governo e da secretaria resolver esse caso. Prioridade não é pressa, é trabalho científico de investigação analisando todas as provas para chegar aos partícipes”, disse Moraes, após participar de evento do Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg), na capital paulista.
Participaram da operação 201 policiais civis e 256 agentes da Corregedoria da Polícia Militar, segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Foram cumpridos ainda 28 mandados de busca e apreensão em 36 locais. As diligências foram autorizadas pela Justiça Criminal de Osasco e pela Justiça Militar.
“Em dois dos locais em que cumprimos mandado de busca e apreensão prendemos outros dois policiais militares em flagrante porque encontramos em suas residências armas e munição não autorizadas a eles. Não há relação com a chacina”, disse o secretário. “Outra pessoa foi presa em Carapicuíba, mas não tem relação com Osasco e sim com outro caso”, disse.
No dia 13 de agosto, série de assassinatos deixou 19 mortos nas cidades de Osasco e Barueri, região oeste da Grande São Paulo. A principal hipótese das investigações é a de que a chacina tenha sido cometida por policiais militares, como vingança pela morte do policial militar Avenilson Pereira de Oliveira, no dia 7 de agosto, em Osasco. Os policiais levantam ainda a possibilidade de que os homicídios sejam um revide à morte de um guarda-civil, no dia 12 de agosto, em Barueri.
Apenas um suspeito de participar dos crimes foi preso: o policial militar Fabrício Emmanuel Eleutério. Ele foi reconhecido pessoalmente por sobrevivente da chacina. O soldado negou a participação nos assassinatos. Antes da prisão, 18 policiais militares foram alvo de mandados de busca e apreensão. Documentos, celulares e outros materiais que poderiam comprovar a participação dos suspeitos nos crimes foram recolhidos pela polícia.