Comunidade palestina de São Paulo faz manifestação contra Exército de Israel

Publicado em 06/11/2015 - 20:38 Por Bruno Bocchini – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

A comunidade palestina de São Paulo fez hoje (6) uma manifestação pedindo o fim de ações violentas do Exército de Israel contra o povo palestino. Eles reivindicaram também a libertação e a repatriação do brasileiro-palestino Islam Hamed, preso no último dia 24, pelo Exército Israelense.

“O massacre que está acontecendo, simplesmente os palestinos são executados. Estão ocupando há 67 anos a Palestina, usurpando os direitos mais elementares do ser humano, sem achar que o palestino tem direito a defesa. Nós apoiamos o direito de defesa do povo palestino em qualquer circunstância”, disse o coordenador da Frente em Defesa da Luta do Povo Palestino, Mohamad El Kadri.

Os manifestantes reuniram-se em frente a Rede Globo, na zona sul da cidade, e partiram em caminhada até o Consulado de Israel, cerca de 600 metros dali. Os ativistas, portando bandeiras da Palestina e gritando palavras de ordem, reivindicaram ainda o embargo militar contra Israel.

“O Brasil tem uma posição ambígua. Politicamente toma uma posição boa em relação à causa palestina, à criação do estado da palestina, nas fronteiras de 67, com Jerusalém capital. Mas o contraponto é: como vocês querem que isso aconteça se esse governo, que compra armamento de Israel, acaba assim financiando essa ocupação?”, destacou Kadri.

Segundo o coordenador, o Brasil é um dos países que mais têm acordos militares com Israel. “A gente quer um embargo imediato. Porque não pode ter uma posição favorável a criação do estado palestino, e financiar a ocupação”, disse.

O brasileiro-palestino Islam Hamed, 30 anos, foi preso na madrugada do último dia 24 pelo exército israelense. A prisão ocorreu na cidade de Jenin, a terceira maior da Cisjordânia, território da Palestina. Agora, ele está detido em Jerusalém.

A prisão acontece três meses depois de Hamed ter sido posto em liberdade pela Autoridade Nacional Palestina depois de 100 dias em greve de fome e de uma intensa negociação entre o Itamaraty, a Autoridade Nacional Palestina e o governo de Israel.

A reportagem não conseguiu contato na noite desta sexta-feira com o Consulado Israelense.

Edição: Maria Claudia

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