Governo de Minas embarga atividades da mineradora Samarco em Mariana

O rompimento das barragens liberou 62 milhões de metros cúbicos de

Publicado em 09/11/2015 - 19:33 Por Maiana Diniz – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Mariana (MG) - Distrito de Bento Rodrigues atingido pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Distrito de Bento Rodrigues desapareceu sob a lama liberada  pelo  rompimento  de  duas barragens  de rejeitos da mineradoraAntonio Cruz/Agência Brasil

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais embargou todas as atividades da mineradora Samarco na região de Mariana, devido ao rompimento de duas barragens de rejeitos de mineração na última quinta-feira (5). O acidente levou à liberação de 62 milhões de metros cúbicos de lama, o suficiente para encher 24.800 piscinas olímpicas.

Em nota, a secretaria informou que a legislação permite a suspensão emergencial das atividades da empresa para que sejam apuradas as causas e consequências do evento para a saúde da população e para o meio ambiente. Até as 19h desta segunda-feira (9), o Corpo de Bombeiros havia confirmado duas mortes e o desaparecimento de 25 pessoas. 

As operações de mineração da Samarco só poderão ser retomadas após a apuração dos fatos pela Secretaria e a adoção de medidas de reparo aos danos provocados. A Samarco é controlada em parceria pela empresa brasileira Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton, entre as maiores do mundo no setor.

De acordo com a secretaria, a Samarco só está autorizada a desenvolver ações emergenciais, ou seja, aquelas voltadas para minimizar o impacto do rompimento das barragens e prevenir novos danos.

Procurada pela Agência Brasil, a mineradora Samarco não se manifestou sobre o embargo da licença de operação até a publicação da matéria.

Edição: Nádia Franco

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