Tempo ruim prejudica buscas aos desaparecidos em naufrágio em Angra dos Reis

Publicado em 30/11/2015 - 22:23 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter Agência Brasil - Rio de Janeiro

A situação climática hoje (30) na região da Costa Verde fluminense, prejudicou as operações de busca aos cinco desaparecidos após o naufrágio da escuna Minas Gerais, ocorrido na noite de sábado (28), na localidade próxima à Ilha dos Meros, na Baía da Ilha Grande, em Angra dos Reis.

Por causa do nevoeiro, não foi possível utilizar o helicóptero do Grupamento Marítimo dos Bombeiros do Rio de Janeiro, deslocado ontem para o município, e usado na operação SAR (Search and Rescue) montada no local. “Teve nevoeiro e muita chuva, e o mar também muito revolto”, disse o capitão de corveta Manuel Antônio da Cruz, comandante da Capitania dos Portos em Angra dos Reis, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo o capitão Cruz, que coordena as buscas, 64 integrantes da Marinha, do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do Município de Angra participam das operações, com quatro embarcações da Marinha, incluindo o navio patrulha Gurupá, enviado do Rio; duas lanchas, uma de Paraty e outra de Angra; uma lancha do Corpo de Bombeiros; e dois botes da Defesa Civil do município.

Se as condições do clima melhorarem, o helicóptero vai voltar a ser usado nas buscas, que não têm dia marcado para acabar. “A primeiras 72 horas são o período em que temos maior possibilidade de êxito nas buscas. Então vamos fazer os maiores esforços, mas isso não significa que temos um prazo para encerrar as buscas”, afirmou.

O comandante disse que nas buscas realizadas até o momento não foi encontrado qualquer sinal dos desaparecidos, apenas alguns destroços de embarcação, mas que também não podem ser identificados como da escuna Minas Gerais. “Não tem indício que seja dela, Não tem nada que indique que seja daquela embarcação”, revelou.

Conforme a nota do Comando do 1º Distrito Naval, divulgada ontem (29), no momento do naufrágio, havia 13 tripulantes a bordo da embarcação Minas Gerais, sendo que oito foram resgatados pela embarcação Garamar. A nota revelou ainda a abertura de um inquérito administrativo para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo ocorrido. O prazo de conclusão do inquérito é de 90 dias.

A Fundação de Turismo de Angra dos Reis (TurisAngra) afirmou que moradores da comunidade do Provetá também ajudaram no resgate dos tripulantes da embarcação, que estava alugada para pescaria. Segundo a TurisAngra, alguns dos ocupantes seriam da cidade de Aratinga, em Minas Gerais.

A Fundação informou que os resgatados são Erlei Eros Misael, Moises José de Carvalho, Luiz Carlos de Carvalho, Valdecir Rios Ferreira, Francisco de Assis Carvalho, Jeferson, Cláudio ( marinheiro) e Gelson Eugênio Moreira ( mestre ). Já os nomes dos desaparecidos são: Wellington Sandro, José Geraldo, Fernando Cássio, Atail e José Francisco de Assis.

Edição: Maria Claudia

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