Combater o Aedes deve ser hábito automático assim como outros, diz Tombini

Publicado em 13/02/2016 - 11:56 Por Aline Leal – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Brasília - O Presidente do Banco Central, Ministro Alexandre Tombini, participa do Dia de Mobilização Nacional contra o Mosquito Aedes aegypti, em Brazlândia (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Brasília - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, participa do Dia de Mobilização Nacional contra o Mosquito Aedes aegypti, em Brazlândia, no Distrito Federal Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Dia Nacional de Mobilização para o Combate ao Mosquito Aedes Aegypti no Distrito Federal começou cedo, na manhã deste sábado (13) em Brazlândia, região administrativa com maior incidência de dengue.

Os governos distrital e federal se uniram para fazer panfletagem de conscientização na residência dos moradores da cidade. Na primeira casa visitada, Ismael Lopes contou que sua mãe teve dengue no final do ano passado. "Não sei onde ela pegou, porque aqui em casa ela sempre cuida para não deixar água parada", disse o carregador, de 45 anos.

Para a aposentada Antônia Alves, de 75 anos, as visitas de agente são importantes, mas as pessoas é que tem de agir no dia a dia. "Aqui em casa não vão encontrar nada. Leio os panfletos que me entregam, vejo na televisão como fazer e faço," disse orgulhosa.

Representando o governo federal, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, comparou o hábito de procurar e eliminar criadouros do mosquito ao de usar o cinto de segurança. "Tem de virar um hábito automático, saudável, assim como outros hábitos",  disse.

No Distrito Federal, cerca de 18 mil pessoas, entre bombeiros, agentes de vigilância ambiental, Exército, Marinha e Aeronáutica vão visitar hoje casas e prédios e distribuir panfletos informativos.

O agente de vigilância ambiental Lourenço Pereira, que há 12 anos faz visitas a residências procurando focos do mosquito, disse que a população está mais consciente, mas muito lixo ainda é encontrado nas residências. "Muita gente guarda potes, garrafas, vidros, com a intenção de usar depois, mas aí mora o perigo".

Esta mobilização nacional acontece depois que foram registrados mais de 1,6 milhão de casos de dengue no Brasil em 2015 e 836 mortes pela doença. O Aedes aegypti, que até pouco tempo era conhecido por transmitir o vírus da dengue e da febre amarela, agora também transmite chikungunya e o vírus Zika que, quando infecta gestantes, pode provocar microcefalia nos fetos. A Organização Mundial da Saúde declarou emergência de saúde pública de importância internacional devido à relação entre o Zika e a malformação e estima que em todo continente americano até quatro milhões de pessoas serão infectadas pelo vírus em 2016.

*Matéria ampliada às 13h57

 

Edição: Denise Griesinger

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