No Rio Grande do Sul, combate ao Aedes aegypti será dever de casa

Publicado em 19/02/2016 - 18:06 Por Daniel Isaia – Correspondente da Agência Brasil - Porto Alegre

As aulas na rede pública e na maior parte da rede privada de ensino do Rio Grande do Sul ainda não começaram. Mesmo assim, a campanha Zika Zero nas escolas foi implementada no estado com a definição de uma tarefa de casa para todos os alunos gaúchos realizarem no dia 4 de março: mobilizar a família para combater o Aedes aegypti no ambiente doméstico e entregar, na segunda-feira seguinte, uma redação relatando as ações que foram feitas em casa para eliminar os focos do mosquito.

A tarefa escolar está prevista no protocolo de cooperação assinado hoje (19) por representantes de governo das esferas municipal, estadual e federal, da iniciativa privada de ensino e da sociedade civil, na Escola Estadual de Ensino Médio Padre Réus, na zona sul de Porto Alegre.

O secretário de Educação do Rio Grande do Sul, Carlos Eduardo Vieira da Cunha, disse que, antes do dever de casa, os alunos terão uma aula sobre os problemas provocados pelo mosquito e as formas de combatê-lo.

“Com isso, vamos multiplicar os agentes de combate ao Aedes aegypti em todo o estado. Esse é o poder que a educação possibilita: mobilizar a população de forma capilar", disse.

O governo federal foi representado pelo ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto. “Estamos preparando o estado para o reinício das aulas de tal forma que toda a rede vai estar pronta para ampla informação, divulgação e mobilização da estrutura de combate ao Zika”, destacou o ministro.

O Rio Grande do Sul registrou, desde o começo de 2016, seis vezes mais notificações de casos de dengue do que no mesmo período do ano passado. O secretário de Saúde do estado, João Gabbardo dos Reis, destacou a importância do protocolo de cooperação em um momento em que a população de Aedes aegypti está crescendo. “Isso significa que, quando o vírus Zika chegar [ao estado], nós corremos o risco de ter muitos casos de microcefalia por aqui. Precisamos mudar essa realidade”.

A relação entre o vírus Zika e a microcefalia, malformação congênita em bebês, está sendo investigada por pesquisadores brasileiros e estrangeiros.

Edição: Luana Lourenço

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