Estudantes da PUC-SP protestam contra violência da PM e contra impeachment

Publicado em 22/03/2016 - 22:37 Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Estudantes da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) fizeram manifestação na noite de hoje (22) contra a repressão da Polícia Militar (PM), ocorrida ontem em frente à universidade, e também contra o impeachment da presidenta Dilma Roussef, o que consideram um golpe.

Ontem (21) a polícia reprimiu com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha estudantes que manifestavam na Rua Monte Alegre, onde fica a PUC-SP. Hoje, a reitora da universidade, Anna Maria Cintra, enviou ofício ao governador Geraldo Alckmin colocando-se contra a ação da PM. A reitoria lamentou o ocorrido e disse ser contra qualquer ato de violência.

No ato feito hoje, os estudantes pediram um novo posicionamento da reitoria em relação à repressão da PM. Segundo as lideranças, os estudantes exigem medidas concretas contra as ações da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e da PM.

O grupo reuniu-se dentro da PUC-SP e saiu em passeata, por volta das 20h, pelas ruas do bairro de Perdizes até chegar à Avenida Francisco Matarazzo às 20h40. No caminho, gritaram palavras de ordem pedindo o fim da Polícia Militar e também contra o impeachment. A PM, dessa vez, não acompanhou o ato.

Mais cedo, o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre de Moraes, disse que a ação da Polícia Militar durante o protesto foi legítima e só ocorreu porque um grupo contrário tentou impedir os manifestantes de continuarem o ato contra a corrupção. 

“Temos que parar com esse absurdo de acusar a polícia de problemas criados por alguns manifestantes. Na quinta-feira passada, tivemos, na mesma universidade, a manifestação a favor do governo, sem nenhum problema. Ontem, o ato era de pessoas da PUC contrárias ao governo federal. Durante a manifestação, um grupo a favor do governo quis evitar o ato. Isso poderia gerar briga, então a polícia precisou dispersar”, disse Moraes.

Segundo o secretário, para dispersar os manifestantes que tentavam atrapalhar o ato do grupo oposto, a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e spray de pimenta. O secretário negou que haja diferença no tratamento aos manifestantes.

Edição: Fábio Massalli

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