Operação lacra sede de torcidas e prende 26 suspeitos de violência em São Paulo

Publicado em 15/04/2016 - 14:16 Por Fernanda Cruz – Repórter da Agência Brasil - Brasília

A Operação Cartão Vermelho, desencadeada hoje (15) pela Polícia Civil em nove municípios de São Paulo, prendeu 26 pessoas e vasculhou as sedes das torcidas organizadas Gaviões da Fiel, Pavilhão Nove, Mancha Alviverde e uma subsede da Mancha na Baixada Santista. Por desacato a policiais, o presidente da Mancha, Nando Nigro, também foi detido, mas liberado em seguida.   

Segundo o secretário estadual de Segurança, Alexandre Moraes, os acusados foram descobertos a partir da análise de imagens em que foram identificados agressores e testemunhas de casos envolvendo brigas entre torcedores. A sede da Pavilhão Nove foi lacrada pela prefeitura após vistoria do Corpo de Bombeiros.

De acordo com o secretário, a Gaviões também deve ser lacrada em breve. “Logo no início da busca e apreensão, vimos um local com perigo, uma laje aberta. Está claramente, visualmente, sem condições. Os bombeiros estão fazendo um laudo, e é provável que lá tenha o mesmo caminho da Pavilhão Nove.”

Moraes informou que a operação ainda não acabou: faltam ainda 11 prisões serem efetuadas. A Cartão Vermelho realiza ações em São Paulo, Campinas, Ribeirão Pires, na Baixada Santista e em Taboão da Serra, Indaiatuba, Osasco. Houve também uma prisão em Uberaba, Minas Gerais. Participam da operação 200 policiais em 100 viaturas.

Apreensões

Entre os objetos apreendidos na sede das torcidas, havia armas brancas. “Na Gaviões, tinha uma maleta cheia de facas, algumas delas grandes e com fita isolante no cabo, característica de quem não quer deixar impressão digital”. Bombas caseiras também foram achadas na casa de torcedores.

Nos celulares apreendidos, um dos torcedores, em conversa pelo WhatsApp, mostrou-se preocupado com imagens que pudessem identificá-lo. “Ele dizia que quebrou o vidro do metrô e, vangloriando-se, que chutou pessoas”, disse o secretário de Segurança.

Alexandre Moraes acrescentou que o material apreendido é farto e vai permitir investigações. "Ou as organizadas escolhem o lado da lei, da ordem e nos auxiliam de verdade, ou vão ser tratadas como organizações criminosas”, afirmou o secretário.

Edição: Nádia Franco

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