Beltrame defende atendimento médico de presos apenas em hospitais penitenciários

Ideia foi apresentada durante reunião para discutir o resgate de

Publicado em 20/06/2016 - 13:04 Por Da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Brasília - O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, entrega na Subcomissão de Segurança Pública do Senado, projeto destinado a qualificar o crime de desordem (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Para Beltrame, os presos que precisam de cuidados médicos devem ser atendidos apenas em hospitais penitenciáriosArquivo/Agência Brasil

O secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, quer apresentar ao governo fluminense uma proposta para que presos tenham o atendimento médico feito apenas em hospitais penitenciários. A ideia foi apresentada durante reunião do Gabinete de Gestão de Crise, realizada neste domingo (19) para discutir o resgate de Nicolas Labre Pereira de Jesus, conhecido como Fat Family, por homens armados dentro do Hospital Souza Aguiar.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança, a proposta foi debatida pelos participantes do encontro e ficou de ser levada para discussão com outro representantes do governo estadual. Responsável pelo Hospital Municipal Souza Aguiar, onde ocorreu no domingo, a Secretaria Municipal de Saúde preferiu não se posicionar por ainda não ter sido comunicada sobre uma possível mudança ou de uma reunião para estudar a troca, mas se colocou à disposição para ouvir as ideias do secretário.

O sistema penitenciário fluminense tem dois hospitais penais, a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Dr. Hamilton Agostinho Vieira de Castro, em Bangu, zona oeste do Rio, e o Hospital Penal de Niterói. Além disso, há o Hospital Psiquiátrico Roberto Medeiros, em Bangu.

Quanto às informações de que os policiais já sabiam que haveria uma tentativa de resgate do criminoso, a Secretaria Estadual de Segurança afirmou que “todo o fluxo de informações funcionou”. Segundo o  órgão, na noite de quinta-feira (16), os primeiros informes chegaram à Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais da Polícia Civil (Cecopol), aos setores de Inteligência da secretaria e das polícias. A comunicação foi imediatamente repassada ao setor operacional responsável, o 5º Batalhão de Polícia Militar da Praça da Harmonia, para as devidas providências.

Questionada sobre isso e por qual motivo não aumentou o número de policiais, a Polícia Militar apenas disse que havia reforçado o local com quatro militares, mas que, ainda no pátio externo, os criminosos renderam um ambulante e o fizeram refém.

O grupo estava armado de fuzis, pistola e explosivos. Um artefato foi arremessado contra a viatura policial e, no momento da chegada dos criminosos, um soldado do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) que estava socorrendo um amigo também foi atacado. Os dois foram feridos e o amigo do policial morreu.

Posteriormente, os criminosos renderam e fizeram uma funcionária refém e a obrigaram a mostrar onde estava Fat Family. Ele teve sua algema cortada por um alicate, que foi abandonado no local. Após a saída do grupo de criminosos, policiais militares do 5º Batalhão fizeram varredura por todo o hospital e áreas próximas, para verificar se havia algum criminoso.

A polícia também informou que está fazendo operações na região metropolitana do Rio para tentar os prender criminosos que participaram do resgate de Fat Family. A polícia pede que quem tiver informações sobre os suspeitos ligue para o Disque-Denúncia, no telefone (21) 2253-1177 ou 190.

Edição: Juliana Andrade

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