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Ministro defende plano de saúde popular para aliviar gastos com o SUS

"Será uma decisão a ser tomada pelo governo e pela ANS, mas que
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 06/07/2016 - 14:19
Brasília
Brasília - O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participa de audiência pública da Comissão de Assuntos Sociais no Senado  (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil
SUS

A finalidade do plano mais popular é aliviar os gastos do governo com o financiamento do SUS, de acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, defendeu hoje (6) a criação de uma espécie de plano de saúde mais popular, com custos menores, numa tentativa de aliviar os gastos do governo com o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, Barros explicou que a proposta consiste em oferecer planos de saúde com menos serviços ofertados do que o que foi definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como cobertura mínima obrigatória.

“O que estamos propondo como reflexão é que possamos ter planos com acesso mais fácil à população e, evidentemente, com cobertura proporcional a esse acesso. [Precisamos] ter outras faixas de planos de saúde para que a gente possa permitir que mais pessoas possam contribuir para o financiamento da saúde no Brasil.”

A ideia, segundo o ministro, é que a adesão a esse tipo de plano seja voluntária. “Quando uma pessoa tem um plano, ela está contribuindo para o financiamento da saúde no Brasil”, disse. “Ela participa dos custos de atendimento da saúde. Como os planos terão menor cobertura, parte dos atendimentos continuará sendo feita pelo SUS”, completou.

Resolução ANS

Barros destacou, entretanto, que será necessária a publicação de uma nova resolução, pela ANS, que revise a atual cobertura mínima obrigatória definida para a saúde suplementar. A pasta já entrou em contato com a agência reguladora, mas ainda não houve uma reunião formal para tratar do assunto.

“Essa é uma discussão incipiente. Estou aqui iniciando esse debate. Será uma decisão a ser tomada pelo governo e pela ANS como conjunto, mas que ajudará muito o Brasil a melhorar o financiamento da saúde, a agilizar o atendimento para as pessoas e a construir aquela universalização que está proposta na Constituição”, concluiu.