"Sua atuação foi brilhante", diz ex-jogador Pepe sobre Carlos Alberto Torres

Publicado em 25/10/2016 - 17:47 Por Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Ex-ponta-esquerda do Santos Futebol Clube, José Macia, conhecido como Pepe, lamentou a morte do amigo, ex-lateral e estrela do tricampeonato da seleção brasileira da Copa do Mundo de 1970, Carlos Alberto Torres. O ex-jogador, que atuava como comentarista esportivo em emissoras de TV por assinatura, faleceu na manhã de hoje (26) no Rio de Janeiro, vítima de um infarto. O velório será realizado no prédio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na zona oeste da cidade.

O capitão da seleção brasileira tricampeã de futebol, Carlos Alberto Torres - Divulgação/CBF

O capitão da seleção brasileira tricampeã de futebol, Carlos Alberto Torres - Divulgação/CBF

Em entrevista ao Programa Bate Bola, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, Pepe disse que o ponta-esquerda, conhecido como Capita desde a época em que jogou no Santos, era um jogador brilhante. “Sempre comentava que Carlos Alberto Torres tinha sido o melhor jogador de todos os tempos”, disse sobre o colega, que foi seu “pupilo” no time santista.

“O Santos, quando o contratou, pagou uma fortuna. Normalmente um lateral não custava tanto”, revelou. “Mas ele chegou e tomou conta. Depois, com a saída do Zito, se tornou o capitão, tinha moral muito grande, pedia a palavra aos treinadores e, muitas vezes, ajudou, interferiu e pediu força aos companheiros. A gente sempre podia contar com o Carlinhos, ele era extraordinário”.

Exemplo do talento de Carlos Alberto em campo foi atuação acachapante final da Copa do Mundo de 1970, quando ele marcou o quarto gol da vitória da seleção, contra a Itália, no México. O passe, na ocasião, foi de Pelé, com quem o jogador também atuou no New York Cosmos, nos Estados Unidos, antes de pendurar as chuteiras e virar treinador – profissão que também lhe rendeu títulos.

Com a vitória na Copa, Carlos Alberto, que era o capitão, foi quem levantou e beijou a Taça Jules Rimet, que ficou com o Brasil depois de a seleção ganhar três campeonatos.

“Sua atuação, sua história foi brilhante”, reforçou o amigo. “Carlos Alberto Torres foi um líder nato, respeitado por companheiros, adversários, amigos”, completou.


 

Edição: Amanda Cieglinski

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