Apesar de chuva, blocos arrastam milhares de foliões no centro do Rio

Os blocos agitaram turistas e cariocas no centro do Rio com seus

Publicado em 26/02/2017 - 13:12 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Rio de Janeiro - Baile de carnaval do Cordão do Boitatá reúne foliões na Praça XV, centro do Rio, apesar da chuva ( Vitor Abdala/Agência Brasil)

O baile  do Cordão do Boitatá reuniu muitos foliões na Praça XV,  apesar da chuvaVitor Abdala / Agência Brasil

Os blocos do Cordão do Boitatá e Bangalafumenga agitaram hoje (26) os foliões  no centro do Rio com seus bailes de carnaval. As duas agremiações começaram suas apresentações na manhã de hoje (26) em palcos montados, respectivamente, na Praça XV e no Aterro do Flamengo.

A chuva, que ora caía fina, ora dava trégua, não desanimou os cariocas e turistas que aproveitam o carnaval na cidade. O baile do Cordão do Boitatá começou mais cedo, por volta das 10h. Eeste ano, em seu 21o carnaval, o bloco homenageia Tom Jobim, Moacir Santos e Ismael Silva.

“A nossa história com o carnaval começou com o cortejo de rua, que se mantém. No domingo passado saiu nosso cortejo. Mas, desde 2005, a gente começou com esse baile aqui na Praça XV. Porque o Cordão do Boitatá não nasceu como bloco de carnaval, mas sim como bloco de música”, conta o músico Kiko Horta, um dos fundadores do grupo.

O indígena da etnia tabajara Akazuy, de 70 anos, veio da Baixada Fluminense, onde mora, para curtir o carnaval, vestido com as roupas tradicionais de sua tribo, que vive no Ceará. “Estou feliz, porque essa  é uma festa cultural de alegria, que mistura o branco, o preto e nós, caboclos. Para mim é muito bom, estarmos reunidos comemorando essa alegria”, disse ele, enquanto dançava ao estilo tabajara.

Rio de Janeiro - Baile de carnaval do Cordão do Boitatá reúne foliões na Praça XV, centro do Rio, apesar da chuva ( Vitor Abdala/Agência Brasil)

O lambe-lambe Ranauro se divertia tirando fotos com os celulares dos próprios foliões Vitor Abdala /Agência Brasil

Outro folião, o aposentado Marcos Ranauro, fantasiou-se de fotógrafo lambe-lambe e se oferecia para tirar fotos com os celulares dos próprios foliões. “Nos blocos que eu vou, são mais de 100, 200 pessoas pedindo para tirar foto. Às vezes eu nem brinco o carnaval”, disse.

Bangalafumenga

Já o bloco Bangalafumenga, que comemora seu vigésimo carnaval, começou o desfile atrasado, pouco antes das 11h. “A gente já nasceu diferente, porque a gente nunca teve um compromisso com a tradição do samba. A gente tinha um compromisso em fazer uma batucada bacana. Desde o início, a gente toca de tudo: funk, ciranda, xote, maracatu... Acho que isso foi uma coisa diferente, que aconteceu em 1998 e as pessoas curtiram”, afirmou o vocalista da banda, Rodrigo Maranhão.

Fã do bloco, a foliã Karla Oliveira chegou cedo para curtir o baile do Bangalafumenga com a família. “Todos anos, participamos do Bangalafumenga. É um bloco animado, alto-astral e canta músicas que o povo conhece. Sempre venho com meu marido, e essa é a primeira vez que a gente traz os filhos”, disse.

Neste domingo são esperados os desfiles de mais de 70 blocos no Rio de Janeiro.

Edição: Augusto Queiroz

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