Greve prejudica a coleta de lixo em São Bernardo do Campo

Publicado em 08/02/2017 - 08:45 Por Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Funcionários da coleta de lixo da cidade de São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, estão em greve desde segunda-feira (6). Segundo a Federação dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental, Urbana e Áreas Verdes (Femaco), cerca de 800 trabalhadores estão com os salários atrasados – os funcionários deveriam receber o pagamento no último dia 5.

A empresa SBC Valorização de Resíduos, responsável pelo recolhimento de lixo na cidade desde 2012, informou que passa por dificuldades financeiras. Conforme a empresa, a prefeitura não fez repasse de mais de R$ 30 milhões referentes aos meses de setembro a dezembro do ano passado. 

A nota da empresa diz que a falta de pagamento “atinge diretamente a capacidade de operação da empresa, incapacitando de continuar a executar os serviços e a honrar nossos compromissos com funcionários e fornecedores”. A SBC Valorização de Resíduos atua em São Bernardo do Campo por meio de Parceria Público-Privada e o contrato de concessão tem duração de 26 anos.

Apesar da paralisação da coleta de lixo, a empresa informa que os serviços de limpeza de bocas de lobo, capina, roçada, varrição, poda de árvores e coleta nos ecopontos estavam normais ontem (6).

Em nota, a prefeitura argumenta que a SBC recebeu, nos últimos quatro anos, a quantia de R$ 728 milhões e que deveria ter recurso suficiente para pagar os trabalhadores. A prefeitura informou que o contrato com a empresa passa por auditoria para identificar irregularidades e ilegalidades.

“Dessa forma, como se faz com todos os apontamentos, a prefeitura notificou o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP), a fim de obter uma liberação ou impedimento da continuidade do contrato”.

A prefeitura informou que aguarda decisão judicial para tomar providências quanto à continuidade ou rescisão do contrato. De acordo com a administração municipal, estão sendo tomadas medidas para minimizar os transtornos à população, como coleta de lixo nos corredores comerciais com 51 caminhões, uma retroescavadeira, quatro pás carregadeiras e 130 funcionários.

Edição: Valéria Aguiar

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