Pezão diz que vai pagar salário de servidores da Segurança e Educação no dia 14

Publicado em 08/02/2017 - 18:30 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse que o estado vai pagar, na terça-feira (14), o salário de janeiro de servidores ativos e inativos da área de Segurança [policiais militares e civis, bombeiros, agentes penitenciários e demais funcionários das secretarias de Segurança e Administração Penitenciária e órgãos vinculados] e ativos da Educação.

Os salários de janeiro da Segurança terão, ainda, o pagamento da terceira parcela referente ao reajuste aprovado para a área em 2014 pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). De acordo com o governo do estado, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros terão reajuste de 7,65%; servidores da Polícia Civil, de 10,22%; delegados da Polícia Civil, de 3,3%; e inspetores de segurança e Administração Penitenciária, de 3,24%. As duas últimas parcelas serão pagas em 2018 e 2019.

Pezão disse também que conversou com o ministro da Defesa, Raul Jungmman, sobre informações que circulam nas redes sociais sobre supostos movimentos grevistas da polícia do estado. Ele pediu que o setor de inteligência das Forças Armadas possa colaborar na tentativa de localizar a origem dos boatos.

Atrasos

Rio de Janeiro - O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, se reuniu com a cúpula da Segurança Pública do Estado (Divulgação /Governo do Estado do Rio)

O governador Luiz Fernando Pezão, em reunião com a cúpula da segurança Divulgação/Governo do Rio

Desde que começaram os atrasos nos pagamentos, no meio do ano passado, ficou acertado entre o governo do estado e os servidores da Segurança e da Educação, que o calendário passaria a respeitar a data de décimo dia útil do mês para que os salários fossem depositados nas contas bancárias. Por isso, o governador garantiu que o pagamento de janeiro será feito na semana que vem. O anúncio foi feito durante reunião hoje (8), no Palácio Guanabara, da qual participaram, além de Pezão, o secretário de Segurança, Roberto Sá, e o comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Wolney Dias.

“A gente sabe o que representa a segurança pública para o estado do Rio. Por isso, mantemos esse compromisso o tempo inteiro, mesmo com muita dificuldade. É uma situação muito difícil”, disse Pezão. O governador aproveitou para defender mais uma vez o acordo com o governo federal e a aprovação, na Alerj, do pacote de medidas para sanear as finanças do estado para poder pagar todos os servidores em dia. “Isso vai dar previsibilidade para colocar os salários em dia e todo mundo receber no mesmo dia.”

O secretário da Casa Civil, Christino Áureo, disse, em entrevista à Rádio CBN, que uma antecipação dos efeitos do termo de compromisso assinado entre os governos federal e estadual, como solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF), é fundamental para normalizar, em curto prazo, o fluxo de caixa e o pagamento da folha de salários dos servidores ativos, inativos e pensionistas. O secretário espera que, na audiência de conciliação com o ministro do STF Luiz Fux, , prevista para segunda-feira (13) co pedido do governo do estado seja atendido.

Áureo negou que o estado esteja descumprindo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e acrescentou que se esforça para a aprovação, pelos deputados estaduais, das contrapartidas incluídas no termo de compromisso.

Negociação

Antes de entrar para uma reunião com o comandante-geral da PM, Wolney Dias, nesta tarde, no Quartel Central da PM, o presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado, Vanderlei Ribeiro, disse que a prioridade é assegurar um calendário de pagamentos e o depósito do décimo terceiro salário, além da questão da previdência da categoria.

Ele disse que, na reunião com o comandante, seria discutida uma proposta unificada, que poderá ser levada ainda nesta semana ao governador. “Vamos conversar com ele e ver o que ele tem a dizer do encontro de hoje e das possibilidades de caminharmos juntos. Ele pode apresentar uma proposta que não agrade à categoria. Aí não tem acordo”, disse Ribeiro.

Edição: Fábio Massalli

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