Após analisar laudos, escolas de São Paulo não vão retirar carne da merenda

Publicado em 20/03/2017 - 19:34 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São Paulo

A merenda das escolas estaduais de São Paulo não vai sofrer alterações após a Operação Carne Fraca ter detectado problemas e falhas na fiscalização de produtos de grandes frigoríficos do país. Nas escolas municipais da capital, a merenda também não vai mudar,

Procuradas pela Agência Brasil, as secretarias estadual e municipal de Educação informaram que fizeram uma análise criteriosa dos laudos e não verificaram problemas nos produtos que são disponibilizados para as refeições escolares. Com isso, a carne será mantida nas escolas.

A Secretaria Estadual da Educação disse que técnicos do Departamento de Alimentação e Assistência analisaram os laudos emitidos pelos órgãos fiscalizadores e concluíram não haver risco em manter o consumo de carne nas refeições servidas nas escolas do estado. “Apenas por precaução, a secretaria continuará a fazer novos testes na carne servida nas 3,2 mil escolas da rede – unidades onde a distribuição é feita pela pasta. A medida é de rotina e condiz com a prática habitual da secretaria em relação aos produtos fornecidos às crianças e jovens”, diz o órgão, em nota.

Segundo a secretaria estadual, houve uma suspensão temporária no fornecimento de carne para as escolas até que os laudos pudessem ser analisados. “A suspensão temporária decorreu do excesso de zelo da secretaria, ante a repercussão do noticiário, mas não se mostrou necessária, pois foi constatado que os cuidados tomados pelos setores encarregados já eram suficientes para garantir uma alimentação adequada e nutritiva aos alunos”. A secretaria não informou quanto tempo durou a suspensão.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Educação informou que “os produtos adquiridos pelas escolas municipais passam por diversos testes e precisam de laudos laboratoriais que comprovem a qualidade”. A secretaria confirmou que as carnes da Friboi, uma das empresas sob investigação na operação, continuarão sendo servidas na merenda já que esses produtos “não são produzidos nas localidades citadas na investigação”. A rede municipal fornece refeições para quase 1 milhão de alunos.

Edição: Fábio Massalli

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