Serraglio recebe agentes para negociar desocupação do Ministério da Justiça

Publicado em 02/05/2017 - 20:51 Por Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil* - Brasília

Brasília - Em ato contra a reforma da Previdência, agentes penitenciários de vários estados invadiram o prédio do Ministério da Justiça (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A invasão do prédio foi em protesto contra a reforma da Previdência Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, está reunido com representantes do grupo de agentes penitenciários que invadiu hoje (2) o Ministério da Justiça para negociar a desocupação do prédio. O deputado Lincoln Portela (PRB-MG), que tem feito a interlocução entre os manifestantes e o governo, também participa da reunião.

Mais cedo, uma comitiva de manifestantes foi recebida pelo diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Marco Antônio Severo Silva, mas não houve acordo para o fim da ocupação.

Por causa do protesto, homens da Força Nacional de Segurança fazem dois bloqueios na sede do ministério, um externo, na entrada principal do prédio; e outro interno, na escada de acesso ao segundo andar do Salão Negro, onde estão os manifestantes.

Os agentes reclamam que os banheiros foram bloqueados e os bebedouros, retirados. A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça informou à Agência Brasil que foram tomadas medidas para preservar a segurança dos próprios manifestantes.

Um dos comandantes da Força Nacional no Distrito Federal negou o bloqueio a banheiros e bebedouros. Segundo ele, o acesso está liberado, e os manifestantes estão sendo organizados de dois em dois para evitar tumulto.

O presidente da Federação Brasileira dos Servidores Penitenciários, Leandro Allan, disse que o ato é pacífico. De acordo com Allan, uma vidraça foi quebrada durante a entrada no prédio por acidente, devido ao tumulto provocado pela passagem de várias pessoas pela porta ao mesmo tempo.

Allan disse que a categoria reivindica tratamento análogo ao dado aos policiais na proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, com direto à aposentadoria diferenciada, devido aos riscos da profissão.

*Colaborou Paulo Victor Chagas

Edição: Luana Lourenço

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