Ministro do Esporte quer que Parque Olímpico seja incluído no PPI em breve

Publicado em 12/06/2017 - 17:24 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Ministério do Esporte trabalha com a expectativa de que o Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, possa ser incluído em breve no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do governo federal, para que um contrato de concessão à iniciativa privada seja assinado em 2018. O ministro Leonardo Picciani disse hoje (12) que as conversas para a inclusão do Parque Olímpico no PPI estão avançadas.

"[As conversas] estão bastante avançadas. Já fizemos essa solicitação e enviamos ao ministro Moreira Franco, que é o condutor do PPI, um pedido de inclusão. Temos a expectativa de que muito em breve estaremos incluídos", disse Picciani.

O ministro afirmou que deve assinar um contrato com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para que a instituição seja a responsável por formular o procedimento de concessão. Picciani disse que, em tese, o contrato de concessão já poderia ser efetivado em 2017, mas a expectativa do ministério é que isso ocorra no ano que vem.

Bolsa Pódio

Leonardo Picciani esteve hoje (12) no Parque Olímpico para uma cerimônia de concessão de bolsa pódio à segunda lista de atletas contemplados em 2017. Mais 56 nomes entraram na lista, que já contava com 183 atletas de ponta. Para ser beneficiado, é preciso estar posicionado entre os 20 primeiros lugares dos rankings internacionais de seus esportes.

A segunda lista conta com 38 atletas paralímpicos e 18 olímpicos, que receberão incentivos mensais que variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil. O desembolso total para os atletas será de R$ 7,7 milhões.

A atleta do snowboard Isabel Clark foi uma das contempladas nessa fase do programa. Em 20º lugar no ranking de sua modalidade, ela disputa uma das 30 vagas na Olimpíada de Inverno de 2018, que ocorrerá em fevereiro, na Coreia do Sul. Já beneficiada pelo Bolsa Atleta, ela espera que o incremento para a bolsa pódio a ajude com custos como as viagens para treinar no Chile e participar das competições, que frequentemente são disputadas no Hemisfério Norte. Por ser esportista de uma modalidade distante da realidade dos brasileiros, ela conta com a bolsa para compensar a dificuldade de obter patrocínios.

"Estou há muito tempo no esporte e bem rankeada, e quando me comparo com atletas que têm resultados parecidos com os meus em países de neve, existe um mercado muito maior e uma procura muito maior", explica Isabel que, apesar dos obstáculos, é patrocinada por uma agência de turismo.

Comissão Nacional de Atletas

O ministro aproveitou a cerimônia e a presença de membros da Comissão Nacional de Atletas para pedir que a entidade auxilie o governo no acompanhamento do Bolsa Pódio, oferecendo ideias para aprimorar o programa. Com 21 membros anunciados no mês passado, a comissão foi instalada em reunião realizada hoje também no Parque Olímpico. No primeiro encontro, na tarde de hoje, os atletas elegeram o jogador Zico como presidente da entidade, acompanhando a indicação do presidente anterior, o velejador Lars Grael.

"Foi por aclamação, praticamente. Foi uma indicação do Lars e todo mundo concordou, em gênero, número e grau", contou a ginasta Luisa Parente, que é gerente esportiva no Flamengo e ingressou na comissão por indicação do Comitê Brasileiro de Clubes. A ex-atleta destacou que a entidade já contribuiu com o apoio para projetos como o próprio Bolsa Atleta e a Lei de Incentivo ao Esporte.

"É importante uma comissão dessa ser sempre constituída, porque ela tem uma bagagem que é imensurável. Um atleta olímpico ou paralímpico já tem uma bagagem imensa, imagine vários reunidos em uma mesa, com um objetivo comum."

Edição: Lílian Beraldo

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