Polícia apreende animais silvestres em operação no Rio de Janeiro

Publicado em 05/06/2017 - 22:29 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil do Rio apreenderam hoje (5), durante uma operação em Bangu, na zona oeste do Rio, animais silvestres que eram mantidos em cativeiro. Ao todo, foram recuperados duas araras, dois tucanos, um papagaio e dez pássaros canoros. Os agentes recuperaram ainda cinco gatos, que de acordo com a Polícia Civil, eram mantidos presos em um banheiro.
 

Rio de Janeiro - Papagaio encontrado em cativeiro (Divulgação/Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil do Rio de Janeiro)

Papagaio encontrado em cativeiro no RioDivulgação/Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil do Rio de Janeiro

Uma denúncia do desaparecimento de gatos na região provocou a investigação da DPMA, que chegou à conclusão que os gatos furtados serviam de comida a falcões, que pertenceriam aos criadores.

As duas pessoas detidas na operação responderão por crime ambiental. Se os crimes forem comprovados, podem cumprir pena de até 5 anos de prisão. Os gatos recuperados serão entregues aos seus donos na própria delegacia.

Cristo Redentor

Em uma das ações da Semana do Meio Ambiente, que tem como ponto alto o Dia Mundial, comemorado hoje, o Cristo Redentor ficará iluminado, até o sábado (10), com a cor verde para chamar atenção de onde for avistado para a necessidade de preservação do planeta. A estátua do Cristo Redentor, um dos cartões postais do Rio de Janeiro, fica no alto do Morro do Corcovado, localizado no Parque Nacional da Tijuca.

A iniciativa é do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), gestor do parque, em parceria com a Cúria Diocesana, responsável pelo monumento. De acordo com o ICMBio, o Parque Nacional da Tijuca é a unidade de conservação mais visitada do Brasil e recebe, por ano, cerca de 3 milhões de brasileiros e estrangeiros.

Debates

A agenda do Meio Ambiente ganha um reforço amanhã (6) com o seminário Ecos da Rio-92: 25 anos depois, que vai reunir ambientalistas no Museu do Amanhã, na Praça Mauá, região portuária do Rio de Janeiro, e contará com a presença da representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) no Brasil, Denise Hamú.

O gerente de Exposições e Conteúdo do Museu do Amanhã, Leonardo Menezes, informou que o seminário vai discutir o legado da Eco-92, que reuniu no Rio chefes de nações para pensar juntos sobre meio ambiente, além de abrir caminho para outros debates e ações importantes, como as conferências de Biodiversidade e do Clima. “A gente vai poder ver que, a partir dessas convenções, a maior parte foi prevista a partir da Eco-92", afirmou.

Para Leonardo Menezes, 25 anos depois, desafios que foram discutidos na Rio-92 permanecem como grandes problemas para a humanidade, principalmente, população, alimentação e urbanização. “Nesses três aspectos, os desafios ainda são muito grandes para serem endereçados”, apontou.

População

Na questão da população, apontou que o aumento previsto em 3 milhões de pessoas até o final do século se dá, especialmente, nas regiões mais pobres, tanto na África, como no Sudeste Asiático, que já enfrentam altos níveis de desigualdade. Na alimentação, hoje, muito mal distribuída, a fome que se registra em várias partes do mundo deve ser agravada com as mudanças climáticas.

“A gente já enfrenta crises hídricas pela falta de água potável, em diversas regiões, e as mudanças no padrão do clima também deve alterar a produção da alimentação”, disse, acrescentando que a produção, conforme especialistas na questão, terá que dobrar para atender ao aumento previsto na população.

“Como a gente vai fazer isso sem gerar mais desmatamentos? Já temos bastante terrenos que estão degradados e que poderiam ser recuperados por meio da produção de alimentos. Só que esta é uma matemática, onde a gente vê os desmatamentos que vinham caindo, agora começarem a aumentar, seja na Amazônia, seja na Mata Atlântica”, disse.

Sobre a urbanização, Menezes lembrou que, no país, 80% da população moram em cidades, em geral, muito inchadas, com baixo planejamento urbano e alto nível de desigualdade. “É preciso repensar a cidade como um local de encontros e não como uma cidade partida”, indicou.

O gerente afirmou que as discussões durante o seminário vão compor um cenário para o futuro, avaliando o que estava previsto na Rio-92 e o que deve ser reforçado, permitindo um diálogo com a sustentabilidade. Ainda nesta semana, o museu também será iluminado na cor verde.


Fonte: Polícia apreende animais silvestres em operação no Rio de Janeiro

Edição: Davi Oliveira

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