Operação Ponto Final cumpre mandados de prisão em Curitiba

Empresas eram, segundo a PF, utilizadas em operações de lavagem de

Publicado em 09/08/2017 - 12:00 Por Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Em novo desdobramento da Operação Ponto Final, a Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (9), a Operação Gotham City, que tem por objetivo o cumprimento de dois mandados de prisão e seis de busca.

Os novos mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal/RJ, e estão sendo cumpridos na cidade de Curitiba, no Paraná.

Segundo a PF, a investigação identificou que uma empresa do ramo de engenharia sediada naquele estado e gerenciada pelos dois alvos da operação que tiveram os mandados de prisão expedido pelo juiz.

As empresas dos envolvidos eram, segundo a PF, utilizadas em operações de lavagem de dinheiro originários de desvios de recursos públicos e de pagamento de propina por parte da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

No cumprimento dos mandados expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, a Polícia Federal, em Curitiba, prendeu o empresário Nuno Canhão Bernardes Gonçalves Coelho. Já em relação ao outro empresário, Guilherme Neves Vialle, como ele se encontra fora do país, foi expedido comunicado à Polícia Internacional – Interpol.

Alvo de nova denúncia

Ainda no âmbito da Operação Ponto Final, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ) ofereceu, na última segunda-feira, mais duas denúncias contra o ex-governador Sérgio Cabral, por chefiar o esquema criminoso de corrupção ativa e passiva, centenas de crimes de lavagem de dinheiro, contra o sistema financeiro e por participação em organização criminosa. corrupção passiva e lavagem de dinheiro, envolvendo cerca de R$ 144,7 milhões que teriam sido repassados ao ex-governador entre julho de 2010 a fevereiro de 2016 pela Fetranspor.

As denúncias tiveram como ponto de partida investigações da 13ª e 14ª operações da força-tarefa da Lava Jato no estado e atingiu 23 investigados nas operações, inclusivo o e x-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro) Rogério Onofre.

As duas novas denúncias foram aceitas pelo juiz da 7ª Vara da Justiça Federal, o que fez com que o ex-governador Sérgio Cabral passasse a responder por um total de 14 processos, incluindo o processo em que ela já foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, em Curitiba, e do qual está recorrendo.

Preso desde novembro do ano passado, acusado de chefiar um esquema de corrupção que teria desviado centenas de milhões de reais dos cofres públicos do estado, o ex-governador foi transferido em maio último do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste da cidade, para um presídio reformado em Benfica, na zona norte.

Edição: Maria Claudia

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