Prefeituras da Região Metropolitana do Rio acertam acordos de cooperação

Publicado em 23/08/2017 - 15:37 Por Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Rio de Janeiro - O prefeito Marcelo Crivella comanda, no Centro de Operações Rio, a quinta reunião geral do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Prefeitos de 21 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro participam, no Centro de Operações Rio, da quinta reunião geral do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

As 21 prefeituras dos municípios que integram a Região Metropolitana do Rio de Janeiro firmarão acordos de cooperação para integrar as inteligências, trocar informações, treinar e capacitar as guardas municipais. As propostas foram apresentadas hoje (23), em reunião no Centro de Operações, e cada prefeitura analisará as demandas específicas para, em 30 dias, assinarem os termos com a capital.

Segundo o secretário municipal de Ordem Pública, Paulo Amendola, o objetivo é integrar a região metropolitana. “Não podemos jamais, com uma crise econômica tão forte, agirmos sozinhos na administração de cada município isoladamente. A decisão foi integrar os municípios, no sentido de discutir questões que afetam os municípios e também soluções que possam fazer em conjunto, de forma integrada com os municípios limítrofes”.

De acordo com ele, o tema principal da reunião foi segurança pública, mas também foram tratadas formas de integração nas áreas de saúde, educação e cultura, além da necessidade da participação federal. “Vamos negociar em conjunto com o governo federal uma ação mais efetiva nas rodovias, como o arco metropolitano, que está abandonado”.

O prefeito de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, Dr. João, lembrou de regiões como Chapadão e Pedreira, que pertencem ao Rio de Janeiro, mas servem de rota de fuga para criminosos que praticam roubo de carga na Rodovia Presidente Dutra. Para ele, o combate à criminalidade só será efetivo com a integração de todas as esferas de governo.

“Houve realmente uma migração dos bandidos para a Baixada Fluminense com a criação das UPPs, e há o problema do Chapadão e Pedreira, que faz divisa com São João de Meriti. Os bandidos invadem a nossa cidade, bagunçam a nossa cidade, e voltam correndo, sem nenhum constrangimento. Esse colegiado aqui, foi uma atitude positiva que vai trazer benefícios para a Baixada Fluminense. Mas se ficar nisso aqui, não vai resolver nada se não tiver uma ajuda federal”.

Dr. João adiantou que a prefeitura de São João de Meriti assinou um convênio com a Polícia Militar do estado e vai pagar o Programa Estadual de Integração de Segurança (Proeis), uma espécie de hora extra para o policial trabalhar durante as folgas, para aumentar o efetivo da cidade em 60 agentes.

“O Batalhão de São João de Meriti só tem 230 policiais para tomar conta de uma cidade com mais de 600 mil habitantes, 58 morros, dos quais 90% estão dominados pelo tráfico. Ainda não sei qual vai ser o reforço das tropas federais, mas eu assinei um convênio do Proeis e estou trazendo mais 60 policiais, pagos pela prefeitura, para fortalecer o policiamento junto com a guarda municipal, com custo de R$ 340 mil por mês”.

Sobre o convênio com a prefeitura do Rio de Janeiro, Dr. João disse que será na área de aperfeiçoamento da Guarda Municipal, que atualmente conta com 230 agentes.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, deixou a reunião sem falar com a imprensa.

 

Edição: Fernando Fraga

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