Jungmann diz que Forças Armadas não estão abandonando a Rocinha

Publicado em 29/09/2017 - 12:08 Por Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Rio de Janeiro - Ministro da Defesa, Raul Jungmann, participa da primeira reunião do Estado-Maior Conjunto para operações integradas de segurança no Rio de Janeiro, no Comando Militar do Leste (Fernando Frazão/Agê

Ministro da Defesa, Raul Jungmann, diz que se preciso as Forças Armadas voltam à Rocinha (Arquivo/Agência Brasil)

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, reforçou hoje (29) que as Forças Armadas "não estão abandonando a Rocinha'". O ministro garantiu que se os criminosos que tentaram invadir a favela voltarem, as tropas federais também voltarão.

"Não estamos abandonando a Rocinha, estamos retirando o efetivo que precisa ser empregado em outros lugares. Se for necessário, e a pedido do governo do estado, temos condições de voltar rapidamente", disse. Ao comentar uma possível volta do traficante Rogério 157 para a favela, afirmou que "se ele voltar, nós voltaremos".

Raul Jungmann voltou a justificar a saída das tropas argumentando que a situação na favela mudou após a operação integrada, e que o chefe do tráfico já não se encontra na Rocinha.

"O delito zero ou a ocorrência de crime zero é uma utopia. Falávamos de uma guerra entre gangues, falávamos de uma população aterrorizada e presa nas suas casas. Isso não está acontecendo", disse.

Jungmann disse que a melhoria da situação da segurança no Rio de Janeiro está condicionada a quatro pilares, e o primeiro deles seria a recuperação fiscal do estado. O ministro acrescentou que é preciso fortalecer as polícias estaduais e dar continuidade às operações integradas com as Forças Armadas, até dezembro de 2018.

Quanto à criação de uma força tarefa no Ministério Público Federal (MPF) para se dedicar ao combate do crime organizado no Rio de Janeiro, adiantou que está marcada uma nova reunião com a procuradora-geral Raquel Dodge para tratar do tema, porém não informou a data.

O ministro participou da Conferência Internacional de Segurança do Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.

* Matéria atualizada às 13h 

 

Edição: Fernando Fraga

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