Medalhistas olímpicos participam de Mundial Militar de Vôlei de Praia no Rio

Publicado em 05/11/2017 - 14:21 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Medalhistas olímpicos da Rio 2016 voltam às areias do vôlei de praia nesta semana, no Campeonato Mundial Militar da modalidade, que será realizado no Rio de Janeiro, entre 7 e 12 de novembro. O Brasil sediará a segunda edição do evento e receberá 50 atletas da Alemanha, China, Holanda, do Irã, da Jordânia, Letônia, Palestina, do Paquistão e Sri Lanka.

As classificatórias serão disputadas no Centro de Capacitação Física do Exército (CCFEx), na Urca, na quarta (8), quinta (9) e sexta-feira (10), e a entrada do público é gratuita. No sábado (11), as semifinais serão no Parque Olímpico da Barra, onde também ocorrerão as finais, no domingo (12).

Diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, o almirante Paulo Zuccaro acredita que o Brasil chegará com grandes chances de medalha à competição, mas terá pela frente o Irã e a Alemanha como principais adversários.

Evandro e André conquistam ouro no Mundial de Vôlei de Praia - Divulgação CBV

Evandro e André conquistam ouro no Mundial de Vôlei de PraiaDivulgação/CBV

O Brasil será representado no masculino pela dupla número 1 do mundo Evandro e André. Também participará o campeão olímpico Bruno, que jogará com Pedro Solberg, por causa de uma lesão de Alisson, seu parceiro na conquista da medalha de ouro no ano passado.

No feminino, a medalhista de prata da Rio 2016 Ágata jogará com Duda, com quem forma dupla desde que sua parceria com Bárbara foi desfeita. A dupla Talita e Larissa, que ficou em quarto lugar na Olimpíada, também estava prevista, mas Talita terá que ser substituída por questões de saúde.

"São nomes que dispensam apresentação. É o melhor do melhor que o Brasil tem a apresentar nessa modalidade", diz o almirante.

Zuccaro destaca que o evento é importante no caminho para os Jogos Mundiais Militares de 2019, em que o Brasil buscará se manter no top 3. Desde 2011, quando sediou uma edição dos jogos, o Brasil disputa com China e Rússia as principais posições da competição.

"A gente sabe que pode não ficar à frente dos dois, mas quer ficar entre os três primeiros. A competição será no Extremo Oriente [em Wuhan, na China] e na casa de um dos nossos principais rivais. Nossa meta é permanecer no top 3 e consolidar a nossa posição de potência do esporte militar".

O almirante destaca que a ascensão do Brasil no esporte militar se acelerou em 2007, quando o país foi escolhido para sediar os Jogos Mundiais Militares e criou o Programa de Atletas Militares de Alto Rendimento. O resultado foi um salto da 30ª para a primeira posição nos jogos de 2011, o que também se refletiu nos Jogos Olímpicos de Londres, culminando quatro anos depois na participação de 145 atletas militares de alto rendimento na Olimpíada do Rio de Janeiro. Das 19 medalhas conquistadas pelo Brasil, 13 vieram de atletas militares.

Na última edição dos Jogos Mundiais Militares, em 2015, o Brasil ficou na segunda colocação no quadro geral de medalhas, atrás apenas da Rússia. O almirante Zuccaro destaca que as principais potências no esporte militar são países que se sobressaem também nos esportes olímpicos, e que os Jogos Mundiais Militares ocorrem um ano antes da Olimpíada justamente para servir como preparação para a maior competição multiesportiva do mundo.

"As seis maiores potências mundiais militares são Brasil, China, Rússia, Alemanha, França e Itália. Todos, exceto o Brasil, já são potências olímpicas e já aparecem no quadro das dez melhores", aponta o almirante, que acredita que o investimento no esporte militar vai ajudar a inserir o país nesse grupo.

Em dezembro, mais de 300 atletas participarão do Campeonato Mundial Militar de Natação, que também será disputado no Rio de Janeiro. Uma das grandes estrelas brasileiras deve ser a nadadora Etiene Medeiros, que é atleta da Marinha.

Edição: Juliana Andrade

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