Mulher que atropelou casal no DF responderá por homicídio com dolo eventual

Publicado em 19/01/2018 - 18:00 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

A servidora da Câmara dos Deputados Luciana Pupe Vieira, de 46 anos, vai responder por homicídio com dolo eventual pelo atropelamento de um casal de idosos ontem (18), em Brasília. Os dois faziam uma caminhada na via principal do bairro Lago Norte quando foram atingidos pelo veículo, que vinha em alta velocidade.

As vítimas, o auditor fiscal Evaldo Augusto da Silva, de 76 anos, e a servidora aposentada da Câmara dos Deputados Dulcinéia da Silva, de 71 anos, morreram na hora. A motorista ficou em estado grave e foi encaminhada a um hospital com traumatismo craniano e fraturas expostas. Ela se encontra em coma induzido.

Em audiência de custódia, realizada sem a presença de Luciana, o juiz responsável decidiu que a autora vai responder o processo em liberdade devido ao seu estado de saúde.

A Polícia Civil do Distrito Federal decidiu autuar a motorista por dolo eventual por avaliar que ela não teve a intenção de matar, mas assumiu o risco ao dirigir em alta velocidade. A polícia tomou como base para essa conclusão relatos de testemunhas no local. O velocímetro do veículo estava travado em 120 quilômetros por hora (km/h), embora o limite da via fosse de 60 km/h.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Mônica Ferreira, uma das hipóteses em análise é a de que Luciana Pupe tem diabetes e teria sofrido uma crise em razão de queda do nível de açúcar no sangue. A encarregada das investigações ponderou que essa versão só poderá ser esclarecida após perícia, cujo resultado deve sair em 15 a 30 dias.

A delegada reforçou que é preciso avaliar os laudos para saber “se diante de uma doença como diabetes, a pessoa pode ter tido mal súbito”. Monica Ferreira indicou que o comportamento da motorista foi estranho uma vez que ela passou da entrada da sua casa e invadiu a ciclovia.

Também foi solicitado exame toxicológico para as equipes de saúde do hospital onde ela está internada para averiguar se houve consumo de alguma droga. Integrantes do Corpo de Bombeiros que estavam no local do acidente informaram não ter identificado sinal de embriaguez. A Polícia Civil vai concluir o inquérito e repassar o resultado ao Ministério Público.

Matéria ampliada e corrigida às 18h42. Diferentemente do informado às 17h29, Evaldo Augusto da Silva tem 76 anos e não 75, e Dulcinéia da Silva tem 71 anos, e não 72.

Edição: Denise Griesinger

Últimas notícias