Operação investiga esquema de fraude em aposentadorias rurais de Alagoas

Mais de 80 policiais federais cumprem 24 mandados judiciais nos

Publicado em 12/03/2018 - 11:25 Por Agência Brasil - Brasília

Polícia Federal

Mais de 80 policiais federais cumprem 24 mandados judiciais nos municípios alagoanos de Delmiro Gouveia, Água Branca e CanapiMarcelo Camargo / Arquivo Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (12) a Operação Terra Prometida, que investiga um esquema de fraude de aposentadorias de trabalhadores rurais. Pela manhã, mais de 80 policiais federais cumprem 24 mandados judiciais, sendo três de prisões temporárias e 21 de busca e apreensão, nos municípios alagoanos de Delmiro Gouveia, Água Branca e Canapi.

A ação é um trabalho conjunto com a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda e o Ministério Público Federal. Os crimes atingem, segundo nota da PF, benefícios relacionados a aposentadorias concedidas por idade, pensões por morte e salário-maternidade. 

As investigações foram iniciadas há dois anos, a partir de denúncias recebidas pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária (Coinp), da Secretaria de Previdência, que realizou um levantamento das irregularidades desde 2012. Na avaliação preliminar, descobriu-se que o grupo criminoso vinha atuando há pelo menos cinco anos,  formado por dois servidores públicos, dirigentes sindicais e intermediários.

O grupo criminoso teria acarretado um prejuízo de mais de R$ 500 mil aos cofres públicos por meio de 21 benefícios obtidos de maneira fraudulenta. A estimativa é que esse valor chegue a mais de R$ 2 milhões quando acrescido do material apreendido na manhã de hoje. A desarticulação da quadrilha, complementou o comunicado da PF, proporcionará uma economia de mais de R$ 3 milhões em valores que seriam pagos futuramente aos supostos beneficiários.

A PF informou que os suspeitos presos serão encaminhados para a sede da corporação em Maceió, onde serão indiciadas por estelionato cometido contra entidade de direito público, inserção de dados falsos no sistema de informações e formação de quadrilha, cujas penas somadas chegam a 14 anos de reclusão.

Edição: Valéria Aguiar

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