Prefeitura de SP investiga pintura irregular em fachada de convento

Publicado em 26/04/2018 - 16:14 Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

A prefeitura de São Paulo vai abrir investigação para descobrir o responsável pela pintura da fachada do Convento de São Francisco, no centro da capital paulista. O prédio, que é tombado pelo patrimônio histórico, foi coberto de tinta bege, inclusive, em cima das portas e esquadrias de madeira.

São Paulo - Pintura irregular da fachada do Convento de São Francisco. O prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico
Pintura irregular da fachada do Convento de São Francisco. O prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico - Rovena Rosa/Agência Brasil

Há suspeita de que o trabalho tenha sido feito por uma equipe da Prefeitura Regional da Sé para apagar pichações no local. Um vídeo de câmera de segurança mostra que os funcionários que fizeram o trabalho usavam uniforme da prefeitura. No entanto, esse tipo de ação dependeria de autorização do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat).

“Solicitei ao prefeito regional da Sé que iniciasse uma investigação. Estamos verificando o GPS dos carros que fazem a prestação desse serviço aqui para verificar se são mesmo funcionários da prefeitura e porque realizaram aquilo sem nenhuma ordem de serviço dada pela Prefeitura de São Paulo”, destacou hoje (26) o prefeito Bruno Covas, após anunciar uma parceria com o governo federal para construção de moradias populares.

Histórico

O convento original foi construído em 1647 pelos frades franciscanos que se instalaram na então vila de São Paulo de Piratininga. Em 1880, a edificação, que incluiu também uma igreja, foram fortemente atingidos por um incêndio e reformados em estilo barroco. À época, o espaço já era utilizado pela Academia de Ciências Sociais e Jurídicas, atual Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.

Em 1933, o convento colonial foi demolido para a construção de um novo edifício em estilo neocolonial, em um projeto assinado pelo engenheiro e arquiteto Ricardo Severo.

O prédio foi tombado pelo Condephaat em 2002.

Edição: Lílian Beraldo

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