Museu Nacional deve ser mapeado por drone e receber cobertura

Publicado em 05/09/2018 - 11:20 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O incêndio e o desabamento dos três andares do Museu Nacional transformaram o prédio histórico em um sítio arqueológico. Para o trabalho de resgate do que ainda pode ser salvo do acervo, os recursos emergenciais prometidos pelo Ministério da Educação (MEC) devem financiar ações emergenciais como um mapeamento aéreo, com o uso de drones, e a instalação de uma cobertura para proteger o prédio da chuva e do vento.

Segundo a vice-diretora do Museu Nacional, Cristina Serejo, uma equipe de museólogos e arqueólogos da própria instituição trabalha em um protocolo para a retirada das peças que estão sob as cinzas. O mapeamento do museu contará também com os curadores das exposições, que ajudarão a indicar quais peças podem ser encontradas em cada área.

Museu Nacional do Rio de Janeiro continua interditado pela Defesa Civil após ter sido destruído por um incêndio na noite do último domingo.
Museu Nacional do Rio de Janeiro continua interditado pela Defesa Civil após ter sido destruído por um incêndio na noite do último domingo. - Tânia Rêgo/Agência Brasil

"Vai ser todo um trabalho arqueológico para retirar, porque tem muito material e a gente vai ter que trabalhar de forma detalhada".

O Laboratório de Conservação e Restauração já está ativo para receber o que for encontrado, mas ainda é necessário esperar que o prédio seja liberado pela Defesa Civil e pela Polícia Federal, que investiga as causas do incêndio.

O laboratório fica no anexo Alipio Ribeiro, parte subterrânea que não foi atingida pelo incêndio nem afetada pelo desabamento. Contêineres também devem ser levados para a Quintada Boa Vista, parque em que fica o museu.

Segundo a vice-diretora, essas estruturas podem ser úteis para dar suporte ao trabalho. "A gente vai provavelmente colocar alguns contêineres ali perto para conseguir tirar todo o material e acondicionar de forma correta", disse.

A instalação de uma cobertura no museu é outra das ações que estão em discussão. "Já foi indicado que é o melhor a fazer. Vai ter que cobrir. Tem todo o impacto da chuva nesses escombros, que são valiosos".

O diretor administrativo do museu, Wagner Martins, explicou ainda que a cobertura é necessária para preservar a própria estrutura que resistiu ao incêndio, uma vez que as intempéries podem provocar mais desabamentos. Também será necessário cercar a área e escorar as paredes com andaimes.

Edição: Lílian Beraldo

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