Operação prende 200 pessoas envolvidas com facções criminosas

Ação articulada por ministérios públicos ocorreu em 14 estados e no DF

Publicado em 04/12/2018 - 19:11 Por Bruno Bocchini e Douglas Corrêa - Repórteres da Agência Brasil - São Paulo e Rio de Janeiro

A ação articulada pelos Ministérios Públicos de 14 estados e Distrito Federal prendeu hoje (4) 200 pessoas envolvidas com facções criminosas. No total, foram emitidos pela Justiça 266 mandados de prisão. De acordo com o Ministério Público de São Paulo, as diligências continuam para localizar 66 foragidos. 

A operação foi feita pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC), um colegiado que reúne os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaecos) de ministérios públicos estaduais de todo o país.

O objetivo da ação é prender integrantes das facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC), Comando Vermelho (CV), Terceiro Comando Puro (TCP), Amigo dos Amigos (ADA), Primeiro Comando de Vitória (PCV) e Okaida RB.

As operações ocorrem, simultaneamente, nos seguintes estados: Acre, Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal. 

São Paulo

Só em São Paulo, foram cumpridos 59 mandados de prisão. No total, 55 pessoas foram presas no estado, e quatro estão foragidas.

Rio de Janeiro

No estado do Rio de Janeiro, 70 pessoas foram presas em Itaperuna (41), Macaé e na Baixada Fluminense.

Os mandados foram cumpridos também em Magé, Petrópolis, Teresópolis, Niterói, Maricá, Cabo Frio, Rio das Ostras e no município do Rio. 

Em Macaé, policiais desarticularam uma organização criminosa de traficantes de armas e drogas, que atuava no município fluminense e em várias cidades do Espírito Santo. Na operação, chamada de “Falkland”, foram identificados suspeitos e desarticular um complexo esquema de fornecimento de armas e drogas para favelas de Macaé e do Rio de Janeiro. Foram indiciados o chefe do tráfico da facção Luís Carlos Moraes de Souza, conhecido como “Monstro”, Hugo Almeida dos Santos, o “Firma do Baixinho”, Renato Alves Soares, conhecido como “Rei” ou “Dutra”, Pablo Alves Vieira Silva, o “Piloto”, Jairo Barroso de Oliveira e Wagner Paulo Rodrigues da Rocha, conhecido como “Waguinho”, todos fornecedores de armas que eram trazidas do Paraguai diretamente para os traficantes de drogas.

Jairo Barroso de Oliveira e Renato Alves Soares foram capturados no Espírito Santo. Também foram cumpridos mandados de prisão contra Luís Carlos Moraes de Souza, Alcione Silveira de Souza e Messias Gomes Teixeira, atualmente sob custódia.

Edição: Carolina Pimentel

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