Samarco conclui primeira etapa das obras para retomar operações

Publicado em 31/05/2019 - 18:59 Por Léo Rodrigues – Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Samarco concluiu a primeira etapa das obras que estão sendo realizadas para que a mineradora retome suas operações em Mariana (MG), paralisadas desde que uma de suas barragens se rompeu em novembro de 2015. Conforme anunciou a mineradora, a primeira etapa da preparação da Cava de Alegria do Sul foi finalizada na terça-feira (28). A segunda etapa, já em andamento, consiste na montagem eletromecânica de uma sistema de bombeamento de lama, rejeito e água.

Além disso, falta ainda implantar um sistema de filtragem de rejeitos. A conclusão das obras não é suficiente para o reinício das atividades. É preciso ainda obter a Licença Operacional Corretiva (LOC), que reestabelece as licenças que foram suspensas pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) após a tragédia que matou 19 pessoas, poluiu a bacia do Rio Doce e impactou dezenas de municípios. A Samarco espara obter a LOC nos próximos meses.

A mineradora afirma que não utilizará mais barragem. Parte do rejeito será filtrado e empilhado a seco e outra parte será armazenada na Cava de Alegria do Sul. Além do uso de novas tecnologias, o planejamento da Samarco envolve uma retomada de forma gradual, operando inicialmente com 26% da capacidade produtiva. No primeiro momento, apenas um dos três concentradores serão reativados.

A cava é uma estrutura resultante do próprio processo de lavra de minério. No caso da Cava Alegria do Sul, a escavação para extração do minério teve início em 1999. "Por ser uma formação rochosa e estável, um espaço confinado, a estrutura permite a contenção natural de forma mais segura, além de evitar impacto em novas áreas", diz a Samarco em nota.

A obras da Cava de Alegria do Sul tiveram início em outubro do ano passado e estão sendo acompanhadas por auditoria independente contratada pela mineradora, seguindo acordo assinado com o Ministério Público Federal (MPF). A vida útil da estrutura após começar o armazenamento do rejeito é estimada em sete anos.

Edição: Denise Griesinger

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