Suspeito de ataque à produtora do Porta dos Fundos é preso na Rússia

Captura foi realizada pela Interpol a pedido da Polícia Civil do Rio

Publicado em 04/09/2020 - 18:41 Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Um dos suspeitos pelo ataque a bombas contra a sede da produtora do programa Porta dos Fundos foi preso pela Interpol nesta sexta-feira (4), na Rússia. A notícia da captura de Eduardo Fauzi foi divulgada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, que realizava a investigação.

O ataque foi praticado em 24 de dezembro de 2019, como represália a um especial de Natal do Porta dos Fundos sobre Jesus Cristo, que teria desagradado a setores radicais. Segundo a investigação da polícia, que obteve gravações de câmeras de monitoramento na região, o atentado contou com cinco pessoas, incluindo Fauzi, que aparece em uma das imagens.

Foram arremessados dois coquetéis-molotovs contra a produtora e o incêndio só não se propagou porque havia um vigia na empresa. De acordo com o delegado Marco Aurélio Ribeiro, titular da 10ª DP (Botafogo) à época, responsável pelas investigações, os agentes descobriram que Fauzi havia deixado o país com destino à Rússia, em 29 de dezembro.

A delegacia realizou um pedido de captura com a colaboração da Interpol do Rio de Janeiro, incluindo o nome dele na lista dos foragidos do país. Fauzi já havia morado na Rússia, onde teria, segundo informações divulgadas à época, uma esposa e um filho.

Por meio de nota, o escritório ROR Advocacia Criminal, que defende Fauzi, informou que acompanha a situação.

“No tocante às informações de que Eduardo estaria preso, ressaltamos que não se trata de prisão e sim de uma apreensão realizada pelas autoridades russas, visando a averiguação da situação dele. Não há confirmação sobre o procedimento de extradição pelas autoridades brasileiras. Por fim, ressaltamos que há pendente a análise de pedido de habeas corpus, visando assegurar a integral liberdade de Eduardo, junto ao Superior Tribunal de Justiça. Por outro lado, a defesa lamenta a morosidade na conclusão das investigações, não se sustentando o decreto prisional, por total ausência de provas sobre a justa causa penal”, comentou a defesa.

Edição: Wellton Máximo

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