CSN eleva nível de emergência de barragem em Minas Gerais

Empresa Minérios Nacional informa que acionou o nível 2 de emergência

Publicado em 11/01/2022 - 13:06 Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Técnicos dos órgãos públicos responsáveis por fiscalizar as barragens de mineração existentes em Minas Gerais fizeram vistorias, na manhã de hoje (11), na chamada Barragem B2, localizada na cidade de Rio Acima, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Em nota, a empresa Minérios Nacional informa que acionou o nível 2 de emergência da estrutura devido às consequências do grande volume de chuvas que há semanas atinge o estado. Segundo a Defesa Civil estadual, o nível 2 não indica risco iminente de rompimento da barragem. Ainda assim, o local está passando por uma vistoria técnica.

Controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (SCN), a Minérios Nacional afirma que não há pessoas morando na chamada Zona de Autossalvamento (ZAS) da barragem, ou seja, na região imediatamente abaixo da estrutura. Informação confirmada pela Defesa Civil estadual.

Ainda em sua nota, a Minérios Nacional acrescentou que o acionamento segue o Plano de Emergência de Barragem de Mineração e que está “trabalhando para minimizar os impactos na estrutura”, sem detalhar quais impactos são estes. “Com a redução das chuvas será possível avançar nos reparos para restabelecer o nível de segurança”, acrescenta a empresa.

Até a publicação desta reportagem, o Corpo de Bombeiros ainda não tinha reunido informações preliminares sobre a inspeção.

Rio Acima é uma das 145 cidades mineiras que já decretaram situação de emergência em razão das chuvas. Desde a semana passada, a precipitação pluviométrica na região fez com que cursos d´água que cortam a cidade, como o Rio das Velhas e o Córrego Santo Antônio, transbordassem. Segundo a prefeitura, nos últimos dias, a população enfrentou inundações, alagamentos, enxurradas, deslizamento de terra, erosão de terrenos, desabamentos e a interrupção do tráfego de veículos. Além disso, moradores de áreas ribeirinhas, como o bairro Matadouro, tiveram que ser removidos. O abastecimento de água e o transporte público foram interrompidos.

Edição: Valéria Aguiar

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