Forças militares iraquianas lançam ofensiva contra extremistas em Tikrit

Publicado em 29/06/2014 - 13:41 Por Da Agência Brasil* - Brasília

As forças militares iraquianas lançaram nas últimas horas uma ofensiva contra extremistas em Tikrit, cidade natal de Saddam Hussein, no Iraque. Milhares de soldados estão envolvidos nesta que pode ser considerada a ofensiva mais ambiciosa de Bagdá contra os extremistas do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que dominam áreas de cinco províncias do Iraque desde o princípio de junho.

As forças militares já estariam no controle da sede do governo de Tikrit, segundo fontes militares. A ofensiva ocorre no momento em que o Iraque começa a receber aviões de combate comprados da Rússia  e que devem entrar em operação em breve. O primeiro-ministro Nuri Al Maliki disse, no início da semana, que Bagdá comprou 12 aviões Sukhoi por 368 milhões de euros.

O primeiro-ministro Maliki já admitiu que são necessárias soluções políticas para a crise, mas representantes do chefe do Executivo dizem que Bagdá considera que a operação militar em Tikrit é “crucial”, não apenas do ponto de vista tático mas também para a moral dos soldados.

Organizações humanitárias têm pedido, nas últimas semanas, a abertura de corredores humanitários capazes de garantir auxílio aos deslocados, que podem chegar a 1,2 milhão nas zonas atingidas pelos combates. O hospital público de Tikrit informou que recebe na unidade vítimas de bombardeios com aviões e artilharia lançados contra a maioria dos bairros da cidade.

Os Estados Unidos, que retiraram tropas do Iraque em 2011, enviaram ao país conselheiros militares que insistem na reconciliação política e têm rejeitado os apelos de Bagdá no sentido de ataques aéreos norte-americanos contra as posições insurgentes no país. O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, insiste que, para obter respaldo internacional, o Iraque deve formar um governo de unidade nacional, algo a que o primeiro-ministro do país se negou a concordar em várias ocasiões. 

* Com informações das agências Lusa e Télam

Edição: Davi Oliveira

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