Hong Kong: China reitera apoio ao governo local no controle das manifestações

Publicado em 30/09/2014 - 08:30 Por Da Agência Lusa - Pequim

A China assegurou hoje (30) que o governo de Hong Kong tem seu inteiro apoio na gestão das manifestações “ilegais” que ocorrem no território sob administração chinesa. “Apoiamos inteiramente o governo da região autônoma especial de Hong Kong para resolver o problema”, declarou a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying.

A ratificação da posição de Pequim foi divulgada depois de o chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, exigir nesta terça-feira o fim imediato das manifestações. O governo chinês já havia declarado apoio ao Executivo de Hong Kong na semana passada.

Os ativistas pró-democracia prometeram ocupar o centro da cidade até que o governo central chinês concorde com as reformas políticas prometidas após a integração da ex-colônia britânica, em 1997, ao território chinês.

“Certos países fizeram declarações sobre o tema”, disse a porta-voz da diplomacia chinesa, acrescentando que “os assuntos de Hong Kong fazem parte das questões internas chinesas”. “Nós pedimos às partes externas moderação e que não interfiram de maneira nenhuma”, acrescentou Hua Chunying.

Londres pediu a abertura de conversas “construtivas” e Washington pediu calma às autoridades e aos manifestantes.

Hong Kong passa pela mais importante série de ações de contestação desde a passagem para a administração chinesa.

As manifestações começaram no início da semana passada e participam do movimento estudantes, trabalhadores e outros setores da sociedade de Hong Kong, o que resultou em detenções e feridos depois de confrontos com a polícia.

Os manifestantes protestam contra a decisão de Pequim, anunciada em agosto, de promover uma eleição geral para chefe do Executivo de Hong Kong em 2017, mas mantendo o controle das candidaturas.

Os habitantes de Hong Kong se beneficiam de um sistema judiciário e político diferente do da China e de uma liberdade de expressão desconhecida na parte continental do país, mas estão preocupados com a crescente interferência de Pequim nas questões do território.

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