Oito civis morrem em Donetsk e 70 rebeldes, no Leste da Ucrânia

Publicado em 08/02/2015 - 14:07 Por Da Agência Lusa - Donetsk (Ucrânia)

Pelo menos oito civis morreram nas últimas 24 horas na zona sob controle separatista em Donetsk, na Ucrânia, enquanto o comando militar ucraniano informou 70 baixas nas fileiras rebeldes em combates no Leste do país. Além disso, 14 civis ficaram feridos em bombardeios com armamento pesado contra as principais áreas pró-Rússia de Donetsk e Gorlovka, informaram porta-vozes dos rebeldes.

Os dois lados acusaram-se mutuamente de ataques com fogo de artilharia durante toda a noite, apesar de estar em marcha um plano de paz para o fim do conflito.

Durante a madrugada, em Donetsk, ouviram-se tiros de canhão contra os subúrbios e os distritos do norte e do sudeste da cidade.

O governo ucraniano informou que, durante os combates contra os rebeldes, 70 foram mortos e 14 tanques, blindados, lançadores de mísseis e peças de artilharia, destruídos.

Segundo o governo russo. hoje (8) deveriam ser feitas consultas telefônicas entre os líderes da Rússia, Ucrânia, Alemanha e França, para finalizar um documento conjunto que se apresentaria depois aos rebeldes. Ainda se desconhece o conteúdo. O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, advertiu no sábado (7), na Conferência de Segurança de Munique, que o Leste do país não necessita de forças de pacificação, nem de um "congelamento" do conflito, como adiantou a imprensa internacional.

Poroshenko, que voltou a pedir armas ocidentais para se proteger da agressão russa, defendeu a realização de eleições nas zonas controladas pelos separatistas com o fim de pacificar as regiões de Donetsk e Lugansk.

Berlim pediu dois ou três dias para ver se a proposta franco-alemã avançará, enquanto o presidente francês, François Holland, advertiu que esta pode ser a última oportunidade para a paz na Ucrânia. Segundo especialistas, o êxito dessa proposta dependerá do resultado das conversações que a chanceler alemã, Angela Merkel, manterá na segunda-feira (9), em Washington, com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

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