Parlamento do Canadá aprova missão para combater Estado Islâmico na Síria

Publicado em 30/03/2015 - 23:30 Por Iara Falcão – Correspondente da Agência Brasil/EBC - Montreal (Canadá)

Por 142 votos a favor e 129 contra, o Parlamento do Canadá renovou hoje (30) a missão militar canadense no Iraque por mais um ano e decidiu pela expansão dos bombardeios aéreos que passarão a ser feitos também na Síria.

A oposição alegou falta de objetivo claro para uma intervenção em território sírio e considerou que o combate ao grupo extremista Estado Islâmico no país poderia ser entendido como suporte ao regime de Bashar Al Assad. A maioria conservadora – partido do primeiro-ministro Stephen Harper – respondeu com a aprovação da proposta apresentada pelo governo na semana passada.

Com a decisão, a missão canadense que terminaria amanhã (31) será estendida até o fim de março de 2016. O Canadá continua a prestar ajuda humanitária e logística, treinar tropas e fornecer aviões para vigilância, abastecimento e ataques aéreos. Seiscentos militares das Forças Armadas canadenses – baseados no Kuwait e cerca de 70 atuando no Iraque - permanecem destacados para a operação, sem incluir o combate em terra.

Antes, a ação militar canadense era restrita ao Iraque, país que concorda com a intervenção. Agora, a missão passa a envolver a Síria. Mas, nesse caso, o governo canadense não pretende buscar o consentimento expresso do governo sírio e sim a cooperação com os Estados Unidos.

“Não podemos ficar à margem enquanto o Estado Islâmico continua a fazer apelos ao terrorismo contra o Canadá e contra nossos aliados e parceiros. Também não podemos permitir que o Estado Islâmico se refugie na Síria”, disse o primeiro-ministro em nota divulgada após a aprovação da moção pelo Parlamento.

Edição: Aécio Amado

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