Primeiro-ministro da Espanha defende cooperação europeia contra o terrorismo

Publicado em 31/03/2015 - 14:26 Por Da Agência Lusa - Madri

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, afirmou hoje (31) que a cooperação europeia com os países da margem sul do Mediterrâneo é “um imperativo humanitário e estratégico” para frear o terrorismo jihadista. Em entrevista conjunta com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, Rajoy pediu que a União Europeia desenvolva uma "ação conjunta e ambiciosa" para promover a estabilidade no Mediterrâneo.

“A Espanha foi, e continua sendo, um dos principais impulsionadores da política da União Europeia para o Mediterrâneo. Consideramos fundamental que a Europa contribua com todos os instrumentos para a criação de um verdadeiro espaço de prosperidade para todos, nas duas margens do Mediterrâneo”, acrescentou Rajoy.

Para o primeiro-ministro, a “cooperação com a fronteira sul do Mediterrâneo é um verdadeiro imperativo” do ponto de vista “humanitário e estratégico”, como mostram “os diferentes pontos que unem as duas margens: desde a imigração até a luta contra o terrorismo jihadista, passando pela energia e trocas comerciais”.

“Nossa ação deve ser conjunta e ambiciosa. Por isso, a Espanha está organizando, em estreita cooperação com instituições da União Europeia, uma conferência ministerial sobre relações de vizinhança com o Sul do Mediterrâneo que acontecerá em Barcelona, em 13 de abril.”

Mariano Rajoy adiantou que informou Donald Tusk sobre a preparação dessa conferência, que, para ele, “criará uma boa oportunidade para manter um diálogo franco e construtivo com os vizinhos do Sul”. Segundo o primeiro-ministro, o “terrorismo jihadista constitui a principal ameaça que a União Europeia enfrenta hoje, colocando em perigo a vida dos seus cidadãos e o modelo de convivência democrática das sociedades”.

“Devemos nos empenhar para erradicá-lo. Para isso, é fundamental que desenvolvamos um esforço integral e permanente de cooperação com os demais países da União Europeia, com os demais aliados, especialmente com os países árabes, que sofrem na própria pele a irracionalidade jihadista”, concluiu.

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