Quase 3 mil civis morreram este ano em ataques aéreos na Síria

Publicado em 02/07/2015 - 17:03 Por Da Agência Lusa - Beirute

Desde o início do ano, 2.926 civis morreram e 18 mil foram feridos na Síria, em ataques aéreos do regime de Bashar Al Assad, informou hoje (2) o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

Entre os mortos incluem-se pelo menos 665 crianças e 456 mulheres, diz a organização, citada pela agência espanhola EFE. Os bombardeios do regime causaram ainda a morte de 1.213 combatentes entre as forças rebeldes.

Todas as províncias da Síria foram alvo dos ataques aéreos, excetuando a província costeira de Tartus, que apenas teve combates terrestres.

Entre os ataques, 8.782 foram feitos por aviões e 10.423, foram realizados por helicópteros, que lançaram pelo menos 10.433 “bombas-barril”, armas artesanais constituídas por explosivos e detritos dentro de um barril de metal, que é lançado manualmente pela tripulação dos helicópteros.

O chefe dos Capacetes Brancos, organização síria de proteção civil voluntária e independente, que faz o resgate imediato das vítimas dos bombardeios, Raed Saleh, condenou a "natureza indiscriminada" das 'bombas-barril', em um discurso na Organização das Nações Unidas, no dia 26 de junho.

Os explosivos são jogados sobre bairros civis controlados pelos rebeldes e, segundo Saleh, não existe justificativa militar para o seu uso, uma vez que são lançados manualmente. “Quem lança essas bombas-barril não pode saber onde vão cair, tornando-as inúteis para atacar alvos militares precisos, além de não poderem ser usadas nas linhas da frente, uma vez que podem atingir por erro as forças aliadas."

Segundo o Observatório Sírio, os bombardeios do regime causaram ainda enormes prejuízos materiais nas infraestruturas de diversas áreas do país.

O conflito na Síria já causou mais de 230 mil mortos desde março de 2011, calcula o Observatório Sírio.

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