Presidenta passeia em carro do Google sem motorista e diz que "desceu do futuro"

Publicado em 02/07/2015 - 00:13 Por Gislene Nogueira - Correspondente da Agência Brasil/EBC - Washington (EUA)

Presidenta Dilma Rousseff participa de coletiva à imprensa, durante visita às instalações da empresa Google ( Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidenta Dilma Rousseff participa de entrevista coletiva, durante visita às instalações da empresa GoogleRoberto Stuckert Filho/Presidência da República

No último dia de viagem aos Estados Unidos, a presidenta Dilma Rousseff conversou com o presidente executivo do Google, Erick Schmidt, sobre formas de estimular o desenvolvimento da indústria de tecnologia e inovação no Brasil. Ela também visitou a sede da companhia no Vale do Silício, no estado da Califórnia.

No Google, Dilma passeou com a filha Paula no novo projeto da companhia: um carro equipado com um sistema de direção inteligente, capaz de circular sem motorista. Dois técnicos brasileiros, que trabalham no Google, também embarcaram no veículo para explicar o seu funcionamento à presidenta. Apesar de o carro ter direção inteligente, a legislação dos Estados Unidos exige que uma pessoa esteja sentada no banco do motorista para assumir a direção, em caso de emergência.

Presidenta Dilma Rousseff durante apresentação do Google Driverless Car (automóvel sem motorista), na empresa Google (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidenta Dilma Rousseff durante apresentação do Google Driverless Car (automóvel sem motorista), na empresa GoogleRoberto Stuckert Filho/Presidência da República

Ao desembarcar, Dilma disse que acabava de descer do futuro. "É fantástico! O que se sente é que você está com um motorista dirigindo e que ele é um motorista que respeita os sinais, respeita a existência de veículo à frente, bicicletas e pedestres”. A presidenta manifestou surpresa com a tecnologia. “Acredito que eles estão em um nível de desenvolvimento que eu jamais imaginei que houvesse. A mim impressionou extremamente. É, de fato, algo que tem que ser relatado, tem que ser mostrado, porque significa que nessa área o mundo vai mudar. Significará também um transporte público mais seguro, mais eficiente”.

Mais cedo, Dilma Rousseff se reuniu com a presidenta da Universidade da Califórnia, Janet Napolitano, e com o reitor da Universidade de Berkeley, Nicholas Dirks. Ela visitou ainda a Universidade de Stanford e almoçou com Condoleezza Rice, ex-secretária de Estado. A comitiva brasileira quer estimular o intercâmbio de estudantes e pesquisadores, além de novas parcerias para o Brasil.

Presidenta Dilma Rousseff durante encontro com a senhora Condoleezza Rice, na universidade de Stanford (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidenta Dilma Rousseff durante encontro com  Condoleezza Rice, ex-secretário de Estado, na Universidade de StanfordRoberto Stuckert Filho/Presidência da República

Os Estados Unidos são o principal destino de brasileiros no programa do governo federal Ciência sem Fronteira, que concede bolsas de estudo para formação no exterior. O Brasil quer aumentar o número de estudantes em áreas como engenharia, algoritmo e biotecnologia.

Em entrevista, a presidenta Dilma Rousseff comentou a aprovação, pelo Senado, do reajuste de até 78% para os servidores do Judiciário. Segundo ela, o aumento é insustentável e compromete o ajuste fiscal proposto pelo governo para equilibrar as contas públicas.

Antes de embarcar de volta ao Brasil, ela ainda visita a agência espacial norte-americana, a Nasa, e conversa com empresários do setor aeroespacial

Edição: Aécio Amado

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