OMS declara fim da transmissão do vírus ebola em Serra Leoa

Publicado em 07/11/2015 - 14:09 Por Da Agência Brasil* - Brasília

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou hoje (7) o fim da transmissão do vírus ebola em Serra Leoa, após se passarem 42 dias desde que foi confirmado o teste negativo para presença do vírus na última pessoa infectada no país. Esse período corresponde a dois ciclos de incubação do vírus ebola.

“Desde que Serra Leoa registrou o primeiro caso de ebola, em maio de 2014, o número total de pessoas infectadas era de 8.704 e 3.589 pessoas morreram, 221 delas eram profissionais de saúde, todos dos quais nós nos lembramos neste dia”, disse o doutor Anders Nordströn, representante da OMS em Serra Leoa.

O país entra agora em um período de 90 dias de supervisão reforçada, que será mantido até 5 de fevereiro de 2016. A OMS continuará a apoiar Serra Leoa durante esse período. A nova fase é crítica para assegurar uma detecção precoce de novos casos da doença.

A OMS elogiou o governo e a população de Serra Leoa devido ao alcance desse marco significativo na luta do país contra a doença. Serra Leoa atingiu esse resultado por meio de um duro trabalho durante o maior surto da doença, sem precedentes na história da humanidade.

A forte liderança do governo de Serra Leoa, trabalhando com parceiros de todo o mundo, mobilizou a expertise necessária para conter o surto. Serra Leoa registrou um crescimento massivo de casos em setembro e outubro de 2014, que foi contido com a instalação de postos de tratamento e equipes que garantiram um enterro seguro e digno às vítimas do vírus. Essas equipes trabalharam ainda diretamente com as comunidades na identificação e contenção do vírus.

Segundo a OMS, o uso de equipes de resposta rápida e o forte envolvimento da comunidade foram fundamentais para a estratégia de resposta nacional. Os parceiros internacionais apoiaram o governo para que tivesse uma resposta rápida na detecção, identificação e capacidade de impedir novas correntes de transmissão.

O surto de ebola deixou cerca de 4 mil sobreviventes que têm problemas de saúde e necessitam de cuidados médicos e apoio social.

A OMS manterá uma presença reforçada de pessoal em Serra Leoa durante essa transição do controle do surto do vírus, vigilância reforçada e a cobertura de serviços essenciais de saúde. “Nós agora temos uma oportunidade única de apoiar Serra Leoa a construir um forte e resiliente sistema público de saúde, pronto para detectar e responder a um possível novo surto da doença, ou qualquer outro tratamento público de saúde”, disse Nordström.

*Com informações da Organização Mundial da Saúde

Edição: Juliana Andrade

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