Passa de 500 número de denúncias de agressões na Alemanha no réveillon

Publicado em 10/01/2016 - 18:47 Por Da Agência Ansa - Berlim

Subiu para 516 o número de denúncias de agressões cometidas na noite de 31 de dezembro, em Colônia, na Alemanha, em um episódio que tem despertado manifestações e pressionado as autoridades do país, como a chanceler Angela Merkel. De acordo com a polícia, cerca de 40% das denúncias se referem a crimes sexuais e abusos.

O ministro da Justiça, Heiko Maas, disse acreditar que os ataques foram "organizados" e não ocorreram de maneira espontânea. "Essa situação deve ter tido uma forma de organização por trás. Ninguém pode dizer que os crimes não tenham sido preparados ou acordados", afirmou.

A onda de agressões no réveillon estará na pauta do Parlamento alemão, o Bundestag, nesta semana. A própria Merkel poderá fazer um discurso no plenário para falar dos casos de violência e da situação de emergência que o país enfrenta com refugiados e imigrantes.

Também está previsto para os próximos dias um encontro com líderes políticos do governo e dos partidos CDU e CSU para analisar as consequências dos crimes em Colônia e tomar decisões sobre o futuro dos envolvidos nos casos, principalmente os imigrantes que estão solicitando asilo à Alemanha.

No fim de semana, o partido de Merkel concluiu que o país poderia retirar o asilo de imigrantes que se envolverem em crimes. Além da cidade de Colônia, em Westfalia foram registrados casos de violência na noite do Ano-Novo. A imprensa local publicou que cerca de 500 homens teriam forçado a entrada em uma discoteca, a Elephant Club, e molestado mulheres.

Os episódios de agressão despertaram um intenso debate na Alemanha sobre a integração de imigrantes à sociedade, já que a polícia de Colônia disse que há solicitantes de asilo envolvidos nos casos.

No ano passado, a Alemanha recebeu mais de um milhão de pedidos de acolhimento de pessoas que foram obrigadas a deixar seus países no Norte da África e no Oriente Médio por conta de guerras civis locais, no pior deslocamento forçado já visto pela Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

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