Presidenta eleita de Taiwan vai mudar política para a China, diz porta-voz

Publicado em 15/02/2016 - 14:21 Por Da Agência Lusa - Taipé

Tsai Ing-wen é eleita primeira mulher a presidir Taiwan

Tsai Ing-wen é a primeira mulher a presidir Taiwan e garantirá a liberdade de escolha da população em relação à China EPA/Jerome Favre/Agência Lusa/Direitos Reservados

A presidente eleita de Taiwan, Tsai Ing-wen, vai mudar a política para a China de seu antecessor, garantindo a liberdade de escolha da população em relação a Pequim, afirmou hoje (15) um porta-voz do Partido Democrático Progressista (PDP).

"Não vamos manter a atual perspetiva [da política para a China]", disse Wang Ming-sheng, em comunicado, numa resposta a um artigo do acadêmico Shao Zong-hai, publicado nesta segunda-feira no diário Zhongguo Shibao.

No artigo, Shao garantiu que a presidenta eleita vai manter a atual política de Taiwan para a China, quando tomar posse a 20 de maio.

O porta-voz do PDP destacou que Tsai expressou claramente que sua política para a China vai respeitar a vontade popular, cumprir os princípios democráticos e garantir a liberdade de escolha da população em relação a Pequim, ao contrário da política de Ma Ying-jeou, seu antecessor.

O respeito da vontade popular e da democracia serão os dois pilares da política de Tsai para a China, que também vai manter a Constituição da ilha, acrescentou Wang.

O novo Executivo de Taiwan vai continuar a promover a paz e estabilidade no estreito da Formosa, respeitar os acordos concluídos nas negociações e diálogo dos últimos anos, e a sua política vai ser "consistente, previsível e sustentável", indicou o porta-voz do PDP.

Em 20 de maio, Taiwan vai ter, pela primeira vez na história, uma presidenta do independentista PDP, que contará com uma maioria absoluta no Parlamento.

A China exigiu que Tsai mantenha a política do antecessor Ma Ying-jeou.

A ilha é independente desde 1949, data em que os nacionalistas do Kuomintang (KMT) se refugiaram depois de terem sido derrotados pelos comunistas, que fundaram, no continente, a República Popular da China.

Pequim considera Taiwan parte da China, que deverá ser reunificada, se necessário, pela força.

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