EUA e Rússia convocam envolvidos no conflito na Síria para aderir a cessar-fogo

Publicado em 09/09/2016 - 22:12 Por Da Agência Brasil* - Brasília

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, convocaram hoje (9) todas as partes envolvidas no conflito na Síria a aderirem a um cessar-fogo a partir do anoitecer da próxima segunda-feira (12).

Após mais uma rodada de negociações para definição de um plano para reduzir a violência na Síria e levar o país árabe a um processo de transição política, os ministros norte-americano e russo anunciaram que se “a janela de oportunidade” for respeitada, Washington e Moscou iniciarão uma colaboração militar para combater grupos terroristas, como a Frente Al Nusra e o Estado Islâmico.

"Nós devemos ir atrás desses terroristas. Não indiscriminadamente, mas de maneira sistemática", disse Kerry em declarações à imprensa. Lavrov, por sua vez, disse que ainda existe uma falta de confiança entre Moscou e Washington na cooperação e nas negociações em torno da Síria, mas explicou que a prioridade máxima desse novo acordo é reconfirmar o regime de cessar-fogo. Ele assegurou que a disposição é de que russos e americanos trabalhem com todas as partes para garantir a cessação das hostilidades.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, disse que EUA e Rússia devem ir atrás dos terroristas na SíriaAndrew Gombert/Lusa

"Assim se abre uma grande janela de oportunidade", disse o italiano Staffan de Mistura, enviado especial das Nações Unidas (ONU) para a Síria. Tanto Kerry quanto Lavrov afirmaram que o acordo pode significar uma "reviravolta" no conflito, embora ainda precise ser colocado em prática.

O acordo também inclui acesso humanitário irrestrito nas áreas de necessidade, como Aleppo. Segundo Kerry, os EUA esperam que a Rússia possa garantir que Damasco respeite esse acordo de trégua. Segundo os dois secretários, o objetivo final do cessar-fogo é criar condições para a retomada das negociações de paz entre rebeldes e o regime de Bashar al Assad.


*Com informações das agências Ansa e Sputnik


 

Edição: Fábio Massalli

Últimas notícias