Chefe da OMC aposta no futuro, apesar do cenário difícil da economia mundial

Publicado em 02/03/2017 - 16:35 Por Da ONU News - Genebra (Suíça)

Brasília - O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, fala à imprensa após encontro com o presidente interino Michel Temer, no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)

O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil

O embaixador brasileiro Roberto Azevêdo, que foi reeleito para mais quatro anos à frente da Organização Mundial do Comércio (OMC) na terça-feira (28), afirmou que a prioridade para seu segundo mandato é fazer com que o órgão continue alcançando resultados importantes, apesar do atual cenário difícil da economia e do comércio internacionais.

Em entrevista à ONU News, Azevêdo falou de planos para o próximo mandato, que deve ir até 2021. Segundo ele, o quadro atual do comércio internacional não é fácil, mas apresenta boas perspectivas. "Não é fácil porque o comércio quase sempre está muito ligado à expansão da economia mundial. Na medida em que a economia mundial desacelera e cresce de uma maneira tão modesta como está crescendo agora, o comércio tende a seguir o mesmo padrão, e isso não é bom."

Apesar de tudo, o diretor-geral da OMC quer que os benefícios do comércio atinjam o maior número de pessoas e empresas possível, sobretudo as micro, pequenas e médias empresas. E citou conquistas dos últimos quatro anos da OMC. "Nós fechamos o Acordo de Facilitação do Comércio, que pode aumentar o comércio mundial em cerca de US$ 1 trilhão se for perfeitamente implementado. Eliminamos os subsídios da exportação de produtos agrícolas, e levamos a zero mais de 200 linhas tarifárias de produtos de tecnologia da informação, que é um comércio de US$ 1,3 trilhão.”

Conferência Ministerial

Azevêdo lembrou a importância da 11ª Conferência Ministerial da OMC, marcada para dezembro, em Buenos Aires, quando os membros da organização vão discutir temas tradicionais e sensíveis, como a agricultura, a facilitação de serviços e investimentos, subsídios à pesca e comércio eletrônico.

Na opinião do chefe da OMC, será um encontro interessante para saber como os ministros dos diversos países vão atuar para sinalizar o caminho que será seguido no futuro.

Edição: Juliana Andrade

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