Japão, EUA e Coreia do Sul querem que China pressione mais a Coreia do Norte

Publicado em 25/04/2017 - 15:51 Por Da Agência EFE * - Tóquio

Foto de arquivo divulgada pela Agência Central de Notícias da Coreia do Norte do teste nuclear feito no domingo

Foto da Agência Central de Notícias da Coreia do Norte mostra teste com míssil feito no paísKCNA/divulgação/Agência Lusa

Representantes da Coreia do Sul, do Japão e dos Estados Unidos pediram nesta terça-feira (25), em Tóquio, durante negociações para a desnuclearização da península coreana, que a China aumente sua pressão sobre o regime norte-coreano, com o objetivo de conter o desenvolvimento de seus programas armamentistas.

Em reunião realizada hoje, os representantes dos três países - o sul-coreano Kim Hong-kyun, o japonês Kenji Kanasugi e o americano Joseph Yun - pediram a Pequim, principal aliado diplomático e parceiro comercial da Coreia do Norte, que fizesse uso de sua influência sobre o regime liderado por Kim Jong-un para acabar com os testes nucleares e de mísseis em um momento de máxima tensão na região.

As três partes conversaram sobre a possibilidade de "empreender ações punitivas" contra a Coreia do Norte, caso este país "faça novas provocações", disse o enviado sul-coreano.

Os participantes da reunião também concordaram em "coordenar todas as ações diplomáticas, militares e econômicas" frente à Coreia do Norte, segundo declarações feitas à imprensa após o encontro. Eles pediram "contenção" para evitar uma escalada militar e apostaram em "incrementar o poder de dissuasão" frente ao regime norte-coreano, indicou o japonês Kanasugi, em declarações divulgadas pela agência japonesa "Kyodo".

Paralelamente ao encontro, responsáveis do governo japonês se reúnem de hoje até a próxima sexta-feira (28), com o enviado especial de Pequim para a desnuclearização da península coreana, Wu Dawei, para tratar da situação na região, anunciou o Ministério de Relações Exteriores do Japão.

Maior pressão

O governo americano por sua vez pediu diversas vezes a Pequim que exercesse maior pressão diplomática sobre a Coreia do Norte e uma aplicação mais severa das sanções da ONU aprovadas no ano passado, depois que o Exército norte-coreano realizou dois testes nucleares em um período de apenas sete meses.

A tensão permanece em níveis máximos na região desde que a Coreia do Norte realizou novos testes de mísseis no início e em meados deste mês, e diante das previsões de alguns especialistas de que o país asiático poderia realizar outro teste nuclear.

Washington, por sua vez, anunciou o envio de um porta-aviões nuclear aos mares próximos da península da Coreia, em resposta aos testes armamentistas norte-coreanos, e indicou que todas as opções estão sobre a mesa, inclusive a militar, para lidar com o regime Juche (ideologia desenvolvida pelo fundador do país - Kim Il-sung - que defende sua autossuficiência).

Está previsto que o porta-aviões americano USS Carl Vinson se aproxime da Coreia junto com sua frota de ataque no final desta semana, para participar de manobras conjuntas com forças do Japão e da Coreia do Sul. O regime norte-coreano advertiu que responderia "com ações mortais" a qualquer provocação dessa frota.

Submarino

Conforme noticiado hoje pela manhã pela Agência Brasil, o governo sul-coreano confirmou a agências de notícias em Seul que o USS Michigan, um submarino norte-americano armado com mísseis balísticos, chegou ao mar da Coreia do Sul nesta terça-feira  (25). A embarcação, movida a energia nuclear, foi enviada ao local pelos Estados Unidos para pressionar o governo da Coreia do Norte a desistir de seu programa de armamento nuclear.

Até agora, nem a Coreia do Sul nem o governo norte-americano confirmaram se o USS Michigan vai se juntar ao porta-aviões e à esquadra japonesa que participam de exercícios conjuntos no Oceano Pacífico, próximo ao Japão.

* Com informações da Agência Brasil

Edição: Augusto Queiroz

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