Ocupação israelense completa 50 anos e relator da ONU "não vê solução à vista"

Publicado em 19/05/2017 - 18:47 Por Da Agência EFE - Nova York (EUA)

O relator especial da ONU para os direitos humanos nos territórios palestinos ocupados desde 1967, Michael Lynk, afirmou que "não vê solução à vista" para a crise entre israelenses e palestinos. Ele
Lynk fez a declaração nesta sexta-feira (19), véspera do aniversário de 50 anos da ocupação israelense. As informações são da ONU News.

Lynk expressou "profunda preocupação com a piora da situação dos direitos humanos na região".
E explicou que "as ocupações são, inerentemente, temporárias e de curto prazo, de acordo com a lei internacional", mas que a ocupação dos territórios palestinos, depois de cinco décadas, não tem um fim à vista.

O relator da ONU declarou que o problema está "profundamente enraizado" e que Israel, a força ocupante, dá sinais de querer tornar a situação permanente. Ele afirmou que as violações sistemáticas dos direitos humanos que acompanham esta ocupação intensificam ainda mais uma situação que já é perigosa.

Assentamentos

Entre essas violações, ele citou, por exemplo, a punição coletiva, o confisco de propriedades, o uso excessivo de força e assassinatos arbitrários, a falta de liberdade de movimento e a expansão dos assentamentos.

Michael Lynk falou a jornalistas ao fim de uma missão de cinco dias a Amã, capital da Jordânia, onde se reuniu com representantes de grupos de direitos humanos, do sistema das Nações Unidas e autoridades do governo palestino para discutir o problema.

Desde que assumiu, em 2016, o mandato de relator especial da ONU para os direitos humanos nos territórios palestinos ocupados, Lynk ainda não recebeu autorização de Israel para visitar a região.

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